Diário do Nordeste
30/11/2016
O ex-policial militar Wescley Cesar Santos da Costa, acusado de matar o estudante Bruno Silva Cavalcante em abordagem policial, foi absolvido pelo Conselho de Sentença do 3º Tribunal do Júri de Fortaleza. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (29) e foi presidido pelo juiz Victor Nunes Barroso, titular da 3ª Vara de Júri de Fortaleza.
A tese defendida pela acusação foi de homicídio qualificado (surpresa). Contudo, os advogados do ex-PM sustentaram legítima defesa e estrito cumprimento do dever legal, uma vez que o acusado era policial militar e estava atuando no momento do crime. Após a decisão, o advogado assistente de acusação, Rafael Rolim Pereira, apelou da decisão.
Ocorrência
O crime aconteceu no dia 4 de agosto de 2012, no bairro Dionísio Torres. De acordo com os autos, a vítima seguia na garupa de uma moto, pilotada por um amigo. Eles perceberam que estariam sendo seguidos por uma viatura da Polícia Militar quando trafegavam pela Av. Antônio Sales.
Por não estar em posse dos documentos do veículo e por ter ingerido bebida alcoólica, o condutor da moto tentou escapar da viatura, momento em que a perseguição teve início. Depois de algum tempo, a vítima e o amigo pararam em uma rua do bairro. Bruno desceu da moto, mas o piloto seguiu. Neste momento, o estudante acabou levando um tiro na nuca, disparado pelo policial.
O condutor da moto afirmou que a vítima desceu do veículo, pois já estava perto de casa e, quando deixou o local, ouviu os disparos. Wescley, contudo, afirmou que viu o piloto da moto com uma arma, tendo disparado em resposta a uma suposta agressão à bala. O réu foi pronunciado em janeiro de 2015 por homicídio qualificado (surpresa).