Diário do Nordeste
29/09/2016
Assembleia no último dia 21 de setembro deflagrou a greve dos policiais civis do Ceará, que se iniciou no sábado (24). Após decisão judicial, nova assembleia na última quarta (28) decidiu pelo fim do
Policiais civis se reuniram em assembleia na noite da última quarta-feira (28) e decidiram encerrar a greve que tinha iniciado no último sábado (24). Com isto, os escrivães e inspetores retomaram o trabalho e as delegacias de todo o Ceará voltaram a funcionar normalmente, a partir de 8h desta quinta (29).
A decisão de encerrar o movimento paredista acatou a ordem da Justiça que decretou, na última terça (27), a ilegalidade da greve e que os policiais civis retornassem às atividades após a notificação à categoria, que aconteceu no dia seguinte.
O desembargador Luiz Evaldo Gonçalves Leite embasou a decisão judicial na importância dos policiais civis para não comprometer a salvaguarda da sociedade e na proximidade do pleito eleitoral, marcado para o próximo domingo (2/10). Caso a categoria não acatasse a decisão em um prazo de 24h, os dirigentes sindicais seriam multados em R$ 3 mil diariamente e os outros trabalhadores, em R$ 800.
O presidente do Sindicado dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol-CE), Francisco Lucas de Oliveira, reconheceu a importância do trabalho da polícia investigativa durante o período eleitoral e confirmou o retorno da categorias às atividades normais. Entretanto, Francisco Lucas afirmou que o Sindicato irá recorrer da decisão judicial de considerar a greve ilegal.
Reunião de conciliação é marcada pela Justiça
O documento emitido pela Justiça também marcou uma reunião de conciliação entre o Governo e o Sinpol para a próxima terça-feira (4/10). "A gente espera que possa receber uma nova proposta que satisfaça as pautas e a gente possa ter as condições ideais de trabalhar e de realizar a segurança da sociedade cearense", definiu o presidente sindical.
Os policiais civis do Ceará pedem melhoria salarial para escrivães e inspetores, fim da execução de funções como a custódia de presos e a retirada das celas das delegacias da Polícia Civil.