CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
A toda hora nos deparamos com notícias de grande repercussão na mídia e redes sociais sobre casos de preconceitos, em especial raciais e se envolvem "famosos...". Preconceitos são de todos os tipos – racial, homofóbico, socioeconômico etc. Percebamos que desde criança, quando alguém era apelidado e não gostava, maior era a insistência dos provocadores a fim de aborrecer suas "vítimas". E conseguiam. Livrar-se dessas alcunhas não era tão fácil, por vezes duravam anos, ou toda uma vida e, em muitas ocasiões, os envolvidos chegavam a adotar revides incivilizados com sérias consequências. Como exemplo, e que se nos parece incongruente, é que o caso da raça negra que se diz, justificadamente, orgulhosa da sua descendência (Afro-Brasileira), mas aquele que ousar nominar publicamente alguém de "negro", corre sérios riscos de ser enquadrado nos ditames da lei. Será que não teríamos inúmeras saídas mais racionais, civilizadas, do que partir para o contragolpe imediato? Por exemplo: se alguém o chama de "negro" e isso ao invés de lhe orgulhar e, talvez só do seu ponto de vista, o desmerece, desqualifica, por que não taxa-lo de "desbotado", "descolorido", "branquelo" etc.? E quando ocorrer o inverso, é ou não também preconceito? É! Estamos no mesmo plano qual seja o tipo e nível de preconceito. Por que exigir alguns privilégios como, por exemplo, as tais "cotas raciais" (reserva de vagas em instituições públicas ou privadas para grupos específicos classificados por "raça" ou etnia), já que assim estimulam ainda mais o preconceito e a discriminação? Tais cotas nunca foram ou serão bem aceitas no próprio ambiente acadêmico e ainda estimulam o preconceito. Por que dia disso e dia daquilo se os dias são de todos nós, todos os dias? Por que não e preferencialmente a isonomia em todas as áreas e com as mesmas oportunidades de colocação na vida? Então não fique a esperar, lute honestamente por isso!
Posto isto, não podemos radicalizar fundamentados apenas pelas cores das nossas peles, o que nos levará a posições extremadas e segregacionistas de todas as partes. Reflitamos, temos outras saídas mais racionais e humanas. O que temos é que nos esforçar, individual ou conjuntamente, para garantirmos nossos espaços, mesmo que em alguns casos, por decorrências socioeconômicas, as oportunidades não sejam idênticas. Mas igualdades jamais acontecerão em nosso mundo. Sempre teremos os privilegiados e os menos favorecidos; aprendamos, pois, a conviver relevando nossas diferenças. Há amarelos ruins, há negros ruins, há brancos ruins, mas a infinita maioria de negros, amarelos e brancos é constituída de pessoas de boa índole. Sejamos tolerantes e tratemos de melhorar nossa convivência com os semelhantes já que a única certeza que temos nessa curtíssima passagem pela vida é que nascemos, crescemos, envelhecemos e nos tornaremos pó – negros, brancos, amarelos, mestiços de qualquer raça ou etnia.
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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