CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
As crises são comuns mesmo nas economias ditas mais sólidas, mas são
anormalidades ocasionais decorrentes de fatores adversos, maioria das
vezes não de origem interna por má gestão e sim de fatores externos. A
grande diferença é que em outros países elas são tratadas com a oportuna
seriedade e coerência devidas e com medidas coerentes e efetivas. Aqui
um ex-presidente a tratou inconsequentemente como uma "marolinha". Ele
passou, deixou sua herdeira com o pesado encargo e em cujo colo a bomba
estourou já que administrativamente é um fracasso. É, assim foi que a
tal "marolinha" se converteu em um tsunami quase incontrolável e com
sérias consequências para o Brasil.
É lamentável saber que jornais
estrangeiros - "Financial Times", britânico, por exemplo, chega a
afirmar no seu edital que "O Brasil parece filme de terror" e ali
retrata "a podridão inerente à corrupção/política e a crise econômica
que grassa país afora e que abala consideravelmente nossa
credibilidade". E ainda deixa claro que "Incompetência, arrogância e
corrupção quebraram a magia" do país, que poderá enfrentar "tempos mais
difíceis...". O jornal faltou acrescentar a estupidez gerencial da área
econômica. Parecem esquecer o fundamental: "Se há restrição crédito não
há dinheiro, não há compra, o comércio as indústrias não vendem, não se
sustentam, fecham as portas e falem." Daí o afundamento da economia
enquanto o índice de desemprego torna-se crescente e a situação se
agrava, pior que sem perspectivas de melhorias a curto e até médio
prazos. E os bancos, maiores e talvez únicos beneficiários, inclusive os
ditos "oficiais", exorbitam na restrição dos créditos e quando operam o
fazem a juros escorchantes gerando lucros nunca antes imaginados. E
ninguém vê? Enquanto isso México, Chile, Colômbia, Peru e outros países
procuram reduzir taxas de juros e como isso lançar mais dinheiro no
mercado e incrementar o crescimento. Por aqui em uma visão econômica
turva fazem justamente o contrário e assim agravam mais a recessão.
E
a nossa crise é também política e de corrupção. Ficam a se digladiar ao
invés de unir forças e primeiro salvar o País das sérias crises que
atravessamos em todas as áreas (Economia, Saúde, Educação,
Infraestrutura etc.) para depois pensar em cargos e outros interesses
politiqueiros próprios.
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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