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A primeira formação de Força Armada do município de Russas, assim como dos demais municípios jaguaribanos, se deu a partir da elevação a condição de Vila. Isso, oficialmente, porque podemos imaginar que diante de tantos relatos dos “Brancos do Jaguaribe”, não tenha havido organizações armadas e comandadas por um conjunto de coronéis/fazendeiros da Ribeira do Jaguaribe.
No entanto, oficialmente, somente a partir da criação do corpo administrativo da Vila é que foi criado o cargo eletivo do “Capitão de Armas”, responsável por comandar um efetivo de homens armados, a maioria voluntários, para cumprimento de mandatos de prisão, segurança da Vila etc. Certamente, essa “polícia” local era utilizada para fins pessoais e interesses de grupos políticos ou famílias adversárias.
Já no início da 2ª República, instaurando o Estado Novo no Brasil, Getúlio Vargas incentivou as forças militares dos estados. Com isso, no período em que foi Secretário de Segurança Pública o Cel. Cordeiro Neto e por ocasião da compra do terreno para a construção do Patronato Coração Imaculado de Maria, uma das cláusulas exigidas era a de que fosse reservada uma parte do terreno para a construção do Quartel da Força Pública.
O prédio do Quartel foi iniciado no dia 10 de agosto de 1936 e inaugurado em 10 de janeiro de 1937.[1] O encarregado da construção foi o Capitão Ózimo Alencar. As obras orçadas inicialmente em 186:616$000 (cento e oitenta e seis milhões, seiscentos e dezesseis mil réis), tiveram seus custos reduzidos em mais da metade, em aproximadamente 75:000$000 (setenta e cinco milhões de réis), em função da utilização da mão-de-obra de presos correcionais.
A unidade recebeu o título de “Quartel da 1ª Companhia do 23º Batalhão de Caçadores de São Bernardo das Russas”, e teve como primeiro Comandante o Capitão Raimundo Ferreira do Nascimento, auxiliado pelos Tenentes José Antônio e Oscar Borges Guilherme, e sendo guarnecida por 130 Praças, para uma população, à época, de 24.338 habitantes. Proporcionalmente, hoje esse número é muito superior ao efetivo existente. Pela Lei Estadual nº. 63 de 1º de abril de 1940, que dividiu a Força Policial do Estado do Ceará, Russas passou a compor a Segunda Região Militar, sendo Fortaleza a primeira.
[1] Informações gentilmente cedidas pela Assessoria de Comunicação do 1º Batalhão de Polícia Militar de Russas.
Professor especialista em ensino de História; Historiador Pesquisador; Escritor; membro da diretoria da Academia Russana de Cultura e Arte (ARCA); Compositor e ligado ao movimento Cultural de Russas Fez parte do Grupo Teatral Arco-Iris; membro fundador da OFICARTE Teatro e Cia; Professor na EEM - Escola Manuel Matoso Filho; Blogueiro.
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