COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

Educar para o trânsito

Carlos Eugênio

12//2/22/0

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O trânsito no Brasil tornou-se um problema de ordem educacional. Vidas são ceifadas pela irresponsabilidade, negligencia e imprudência, de quem circula as ruas e rodovias desse país. As estatísticas mostram dados alarmantes que não podem ser esquecido pelo poder público. Como agem os gestores diante desses dados? Promovem a indústria da multa. Como se sanasse a situação. Entretanto, o trânsito é uma questão de ordem educativa. A população tem que ser orientada, para adquirir o hábito de transitar respeitando a vida. A educação é o caminho, em longo prazo, para mudar esse quadro que vive o país.   

 

    O motivo principal das causas dos acidentes tem sido o excesso de velocidade. O consumo de álcool e drogas, sono, distração com celular e o som do carro, também são causas comuns de acidentes envolvendo jovens, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Trafego. Infelizmente os jovens na faixa etária de 18 a 34 anos são as principais vitimas desse caos social. Uma tétrica realidade que precisa ser mudada. Conscientizar a população com campanhas educativas, debater o tema com a sociedade organizada, aplicar mecanismos de combate à alta velocidade, são algumas medidas que podem ser providenciadas, de imediato, para combater essa verdadeira guerra civil que é o trânsito brasileiro.  

 

    O país enfrenta uma epidemia de lesões e mortes no trânsito. Motos, carros e pedestre são fontes geradoras de pacientes com traumatismo craniano e de lesões letais. Por que o motorista brasileiro é tão imprudente? Apesar de a lei ser rígida, a falha está na fiscalização a na falta de uma politica educacional voltada para jovens e adultos. Nas ruas são diversas as situações de risco. Qualquer cidadão ou cidadã, mesmo que nunca tenha pegado na direção de um veículo, precisar trafegar com segurança. Todas as pessoas, independente da idade, necessitam ser educada, para circular em conformidade com a legislação de trânsito em vigor. O erro estar em pensar que apenas motoristas e motociclistas têm a necessidade de conhecer os sinais de trânsito. A população em geral precisa ser orientada e adquirir conhecimento mínimo para andar pelas ruas desse país.

 

    A infância é a fase ideal para criar-se hábito, difundir valores e formar a pessoalidade humana. Nesse período a alma está aberta a absorver os costumes, as crenças e valores. Defendo que a criança seja educada para o trânsito desde os primeiros anos que entra na escola. Por que não se criar uma disciplina de educação para o trânsito? Já nos primeiros anos de vida estudantil, crianças, jovens e adolescentes, teriam a oportunidade de estudar a legislação vigente. Evidentemente que o currículo seria direcionado conforme a faixa etária. Quando o jovem terminasse o ensino médio, sairia com bases solidas para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). As autoescolas ficariam com a parte prática. Esse procedimento baratearia o processo, já que a CNH tronou-se artigo de luxo. Deixando a classe desprovida de recursos financeiros a margem do processo.

 

    Educar para o trânsito é preparar para a vida. Nenhuma fiscalização alcançará a eficiência necessária, perante uma população que age de forma temerária. A estatística apresenta números que apontam um caos social. Realidade que precisa ser mudada. Para isto, o alvo a ser atingido é o seio da civilização. A essência de uma sociedade encontra-se na formação do cidadão e da cidadã, através da educação. Investir em paradigmas educacionais que possam mudar esse quadro de guerra que passa o país, consiste em valorizar a vida. Não se admite que pessoas sejam aniquiladas a cada dia, nas cidades e na zona rural e nada seja feito. O poder público tem por obrigação zelar pela família e cuidar de sua gente. A educação transforma, promove e abre horizontes de uma nação.  

 

 

Carlos Eugênio Sombra Moreira

Professor e Escritor

 

Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

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