Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que mais de R$ 1,35 bilhão em recursos federais estão sendo desperdiçados em obras paralisadas no Ceará. No total, cerca de 700 das 1.413 obras no estado estão interrompidas. A maioria dessas obras é de responsabilidade de estados e municípios. O Ceará possui uma taxa de paralisação de 50,7%, próxima à média nacional de 52%.
Dentre os setores mais afetados, a saúde lidera com 251 obras paradas, somando R$ 112 milhões em investimentos. Exemplos incluem a ampliação da Casa da Gestante, no Hospital da Mulher, em Fortaleza, que nunca teve execução. A maior parte dos projetos paralisados envolve questões financeiras e técnicas, além de dificuldades nas gestões municipais e estaduais.
Em termos de volume de recursos desperdiçados, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR) é responsável pelo maior montante, com R$ 423 milhões em obras paralisadas, como a irrigação Baixo Acaraú, em Marco, que já consumiu R$ 233 milhões.