A vitória imponente do prefeito Sávio Gurgel, com quase 40 mil votos (85%), é, sem dúvida, fruto do trabalho realizado em seu primeiro mandato, além da falta de entendimento do cenário político pelos líderes de oposição.
A desistência de figuras como Weber Araújo e Raimundo Cordeiro abriu espaço para novos (ou já conhecidos) nomes. Contudo, em vez de construírem uma base, mesmo que tímida, para 2028, o que se viu foi o oposto.
Relembrando nossa análise do editorial de 22 de agosto, as estratégias de campanha se confirmaram. A abordagem de ataques de Júnior Gonçalves não o levou a conquistar nada além dos habituais 5%. Já a candidatura de Adriana, que parecia propositiva, perdeu-se em meio a ataques, “pegando corda” de opositores mais inflamados. Ignorou-se, assim, o que modestamente alertamos: atacar um prefeito com tamanha popularidade afasta o eleitor e gera rejeição.
O resultado foram candidaturas que não construíram nada e que dificilmente terão chances em 2028.
A população é sábia e não aceitará menos do que o que tem sido entregue por Sávio Gurgel, que por sua vez, tem Guilherme Cordeiro como vice e potencial sucessor para 2028. Para se reerguer, a oposição precisará encontrar um candidato que convença os eleitores de que possui o mesmo vigor, ou até mais, que Savio e Guilherme em seu compromisso com a cidade. Caso contrário, discursos vazios e tentativas de “surfar” no sucesso administrativo dos partidos não convencerão os russanos.