O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, aprovado na Câmara dos Deputados, inclui um Imposto Seletivo sobre produtos prejudiciais à saúde, mas exclui alimentos ultraprocessados, apesar de sua associação com 10,5% das mortes precoces entre 30 e 69 anos no Brasil, conforme um estudo de 2022 da USP, Fiocruz, Unifesp e Universidad de Santiago de Chile. Alimentos como macarrão instantâneo e salgadinhos causam 57 mil mortes anuais, mais do que homicídios, acidentes de trânsito e alguns tipos de câncer.
Ultraprocessados levam a doenças como obesidade, problemas cardiovasculares e diabetes, sobrecarregando o SUS com um custo de R$ 1,5 bilhão por ano. Estudo do Banco Central sugere que um aumento de 10% no preço desses alimentos poderia reduzir seu consumo em 17%, e diminuir o consumo em 50% poderia salvar 29,3 mil vidas anualmente.
O deputado Claudio Cajado (PP-BA) justificou a isenção dos ultraprocessados afirmando que são consumidos majoritariamente por pessoas de baixa renda.