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Cid diz que aliança com PT é 'inquestionável', mas defende 'compartilhamento de poder' em Fortaleza

Diário do Nordeste

11/03/2024

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Filiado há pouco mais de um mês ao PSB, o senador cearense Cid Gomes garantiu que o arco de aliança liderado pelo PT e pelo PSB estará inabalável nas eleições para a Prefeitura de Fortaleza neste ano. O parlamentar, no entanto, defendeu que o grupo lance um candidato que não seja petista para disputar a cadeira hoje ocupada pelo prefeito José Sarto (PDT).

Desde que se filiou ao PSB — trazendo consigo seus aliados e alçando a sigla ao posto de maior do Estado em quantidade de prefeitos —, Cid tem defendido a tese de “compartilhamento de poder” na Capital.

Neste sábado (9), o senador comandou uma nova onda de adesão à legenda, com cerca de 20 novos quadros, em um evento no Marina Park Hotel, que reuniu dezenas de lideranças políticas locais, entre deputados, prefeitos e vereadores. 

Segundo ele, apesar de suas declarações defendendo que outra sigla lidera a chapa desse arco de aliança, a relação com o PT na Capital seguirá inquestionável. Os petistas têm avançado na definição de um nome da própria sigla para disputar a sucessão em Fortaleza. Nesta semana, o diretório municipal estabeleceu que a decisão correrá até 21 de abril.

“Não há nenhum questionamento ou dúvida de que todo aquele arco de aliança que esteve comigo lá atrás, que respaldou o governo do Camilo e que, boa parte, apoiou o Elmano (...) deva ter um candidato só”
CID GOMES (PSB)
Senador

“Devemos ter aqui um candidato da situação, da Prefeitura, acho que dois candidatos no campo mais conservador e teremos o candidato de centro-esquerda, que deve ser resultado aí desse entendimento entre PT, PSB, PSD, MDB, Republicanos e PP”, acrescentou.

“COMPARTILHAMENTO DE PODER”
Reafirmada a aliança, Cid voltou a defender que o PT reveja a decisão de encabeçar a chapa.

“Não sou dono da verdade e nem sou radical, mas eu eu acho que o exemplo que temos aqui no Ceará de compartilhamento de poder, de não-concentração, de não-hegemonização da política, acho que é algo bom, portanto eu tenho defendido com lealdade que a gente possa ter um candidato que não necessariamente seja do mesmo partido que já tem a Presidência da República e que tem o Governo do Estado”, disse. 
CID GOMES (PSB)
Senador

O senador ponderou que “não é nada contra partido nenhum”, mas ressaltou que tentará “credenciar o PSB para que possa ter alternativas”. Cid também fez ressalvas à disputa interna do PT em torno dos cinco pré-candidatos: a deputada federal Luizianne Lins; o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão; o presidente do PT Fortaleza, Guilherme Sampaio; a deputada estadual Larissa Gaspar; e o assessor especial do Governo do Ceará Arthur Bruno.

“Eu penso que o nome deve ser consequência de um projeto — que é o que deve ser feito em primeiro lugar — e de um arco de partidos, por último (escolhe-se) o nome que melhor representa essas duas coisas. É assim que eu defendo que aconteça, pode ver meu histórico que o nome foi sempre escolhido ao final. Eu não gosto dessa tese de já colocar os nomes e depois procurar aglutinar pessoas porque acho que ninguém deve aglutinar pessoas em torno de nomes, a gente deve aglutinar em torno de propostas”, afirmou.

“Pelo meu gosto, já deveríamos estar discutindo Fortaleza, e o PSB está disponível para isso. A gente não apresenta uma candidatura do Chico porque acha que o Chico é melhor que o Manoel, precisamos comparar projetos, ver o que está acontecendo, se estiver tudo muito bem na Prefeitura de Fortaleza, qual é o sentido de ter uma candidatura de oposição? Eu penso que deve ter uma candidatura de oposição porque tem muito o que melhorar em Fortaleza, muito mesmo, portanto, é importante que a gente já vá fazendo o diagnóstico, torne essas coisas públicas, compare, veja como já foi no passado, o que avançou, o que fez para retroagir e proponha, assuma compromissos”, concluiu.

VEJA A LISTA DE NOVOS FILIADOS AO PSB: 
Vilmar Ferreira — Fundador e presidente da Aço Cearense
Adriano Loureiro — Superintendente do Centro de Formação Olímpica (CFO).
Henry Campos — Ex-reitor da UFC
Zizi Lima — Líder comunitária do Bom Jardim
Juarez Leitão — Escritor
Dilson Pinheiro — Produtor cultural
Bezerrinha — Jornalista
Adriano Pinto — Ex. Sec. de Turismo
Marcos Távora — Comunicador
Alisson Lima — Líder comunitário
Honório Pinheiro – Um dos fundadores e CEO da rede de supermercados Pinheiro
Maurício Filizola – Ex-presidente da Fecomércio e fundador das Farmácias Santa Branca
Milton Melo — Sindicato dos Supermercados
Fábio Timbó — Sincofarma
Raniere Leitão — Sincopece
Ernani Rios - Sincamece
Agenor Lopes - Sindgel

A cerimônia de filiação dos novos socialistas teve a presença do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Ele comentou sobre a conjuntura na Capital e a possibilidade da sigla lançar uma chapa. “É uma hipótese, mas é uma decisão daqui, do PSB de Fortaleza e do PSB de Ceará, não é uma decisão nacional (...) Nós sempre estamos defendendo candidaturas do PSB, agora, em muitas ocasiões temos que fazer alianças, mas, se puder ser do PSB, obviamente, é melhor”, disse.

O presidente da sigla no Ceará, Eudoro Santana, pai do ministro Camilo Santana (PT), reforçou a declaração de Cid de defender a manutenção da aliança no Estado.

“A chance (de lançar candidatura própria) existe para qualquer partido, mas a nossa tese é de primeiro lançar o conjunto dos partidos que apoiam o projeto ‘Ceará cada vez mais forte’, liderado pelo Camilo, pelo Elmano e pelo Cid. Esse candidato pode ser do PT, do PSB, do Solidariedade ou dos partidos que estão coligados”

EUDORO SANTANA
Presidente do PSB Ceará
“O partido tem grandes nomes, nós temos gente para ser prefeito de Fortaleza com muito mais potencial do que qualquer partido, mas nós respeitamos o processo, porque nós queremos construir conjuntamente uma alternativa”, acrescentou Osmar Sá Ponte, presidente do PSB Fortaleza.

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