A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (19), a Operação Acrasia. Os trabalhos da PF têm o objetivo de desmantelar um esquema criminoso de concessão ilícita de posse e portes ilegais de arma de fogo a servidores públicos e guardas municipais. A ação foi deflagrada nos municípios de Quixadá, Boa Viagem, Irauçuba, Aracati e Itaitinga.
Mais de 60 policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e, até às 9h, apreenderam 12 armas de fogo (quatro em Aracati, três em Boa Viagem, duas em Fortaleza, duas em Irauçuba e uma em Quixadá). Um suspeito foi preso em flagrante em Fortaleza. A PF, no entanto, ainda não divulgou a identidade da pessoa capturada.
Os investigadores identificaram indícios de crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e usurpação de função pública, consistentes na concessão indevida de porte de arma de fogo por gestores a guardas municipais, através da expedição de carteiras que habilitam ilegalmente os vigilantes a portarem armas, além do porte e posse ilegal de armas de fogo por servidores públicos. Vale salientar, segundo a lei, que o porte legal de arma de fogo a guardas municipais só pode ser concedido pela Polícia Federal.
As condutas dos investigados podem configurar o cometimento dos crimes de usurpação de função pública, uso de documento falso, falsidade ideológica, porte, posse e comércio ilegal de armas de fogo, com penas que podem chegar a 20 anos de prisão.
Operação Acrasia
O nome da operação remete ao termo usado pelo filósofo Aristóteles para se referir à relação dos homens em conflito entre o desejo e a razão.