O atual líder da Igreja Católica, papa Francisco, criticou as leis que criminalizam a homossexualidade e as classificou como “injustas”, mas se referiu à questão em termos de “pecado”.
“Ser homossexual não é crime”, disse Francisco durante uma entrevista concedida na terça-feira (24/1) à agência Associated Press, publicada nesta quarta (25/1). “Não é crime. Sim, mas é pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime.”
“Também é pecado não ter caridade uns com os outros”, acrescentou o argentino.
O papa pediu aos bispos católicos que recebam pessoas LGBTQIA+ nas igrejas, reconhecendo a dignidade de todos.
“Esses bispos devem ter um processo de conversão”, disse ele, acrescentando que devem aplicar “ternura, por favor, como Deus tem por cada um de nós”.
Cerca de 67 países ou jurisdições em todo o mundo criminalizam a atividade sexual consensual entre pessoas do mesmo sexo, 11 dos quais podem ou impõem a pena de morte, de acordo com o The Human Dignity Trust, que trabalha para acabar com essas leis.