A população declarada negra aumentou no Ceará, entre 2012 e 2018, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018, publicada nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice passou de 2,9% para 5,3%, no período analisado, mas, ainda assim, é o menor dos estados do Nordeste.
Na região, a maior participação de negros ocorre na Bahia (22,9%) e no Maranhão (11,9%). O índice de 5,3% no Ceará representa uma população de quase 480 mil pessoas, segundo o Instituto. A maior população no estado é de pardos, que engloba 65,7% dos habitantes - cerca de 5,9 milhões de cearenses.
Por outro lado, em seis anos, reduziu a população declarada branca. Se, em 2012, eram 30,5% dos cearenses, hoje são 28,2%, ou 2,5 milhões de pessoas. Ainda conforme o IBGE, a participação da população dessa raça baixou em todas as regiões de 2012 para 2018, principalmente no Nordeste, onde a queda foi de 9,8%.
Mulheres são maioria
A Pnad 2018 também mostra que há 375 mil mulheres a mais que homens no Ceará. Elas somam 4,72 milhões de pessoas, o que representa 52,1% da população. Já os homens completam os outros 47,9%, registrando 4,34 milhões de indivíduos.
A diferença entre os dois sexos começa a partir dos 25 anos, quando a quantidade de homens começa a cair se comparada à mesma faixa etária das mulheres.
A participação das mulheres também cresceu na chefia dos domicílios. O IBGE aponta que, em 2012, pouco mais de 21% das mulheres era "responsável" pelo lar. No ano passado, o índice subiu para 29,7%. Por outro lado, embora ainda seja maioria, caiu a participação dos homens na responsabilidade das residências. Em 2012, 37,6% deles chefiavam; em 2018, o dado diminuiu para 36,3%.
Envelhecimento dos cearenses
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