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Eleito, Bolsonaro promete respeitar a Constituição

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HENRIQUE ARAúJO

29/10/2018

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Eleito presidente da República com 55% dos votos válidos, Jair Bolsonaro (PSL) prometeu defender a "Constituição, a democracia e a liberdade". O militar reformado derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.


O candidato petista obteve pouco mais de 47 milhões de votos (44%) ante 57 milhões de Bolsonaro, que se torna, assim, o 42º presidente eleito do Brasil e o oitavo desde a redemocratização.


Em seu primeiro discurso após os resultados, o ex-capitão do Exército afirmou que, "como defensor da liberdade", vai conduzir "um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita as leis; elas são para todos". E acrescentou: "Porque assim será nosso governo: constitucional e democrático".


A ênfase de Bolsonaro em tratar de liberdade e democracia em seu pronunciamento inaugural se justifica: durante a campanha, o candidato fez acenos reiterados a regimes de exceção e ameaçou prender adversários políticos, como em sua fala a apoiadores na avenida Paulista, uma semana antes da votação.

 

Deputado federal pelo Rio de Janeiro, ele predominou em 16 estados, concentrados principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde assegurou maioria folgada, com percentuais que variaram entre 55% e 70%. A votação mais expressiva do postulante foi no Acre: 77%.

 

Reduto lulista, o Nordeste votou majoritariamente em Haddad, consolidando-se como contraponto à onda bolsonarista que atravessou o País e quase levou o presidenciável do PSL à vitória ainda no dia 7 de outubro.

 

O menor índice atingido pelo ex-prefeito de São Paulo na região foi em Alagoas, com 59%. O Piauí registrou o maior: 77%.

 

No Ceará, o ex-ministro da Educação amealhou 71% dos votos contra 28% do adversário. No total, foram 3.407.454 sufrágios, 200 mil a menos do que a soma dos votos de Haddad e Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno no Estado.

 

Entre o eleitorado cearense, o pedetista, terceiro colocado na corrida à Presidência, faturou 1.998.597 votos, terminando à frente de Haddad e Bolsonaro.

 

A taxa do substituto de Lula no Ceará, neste segundo turno, é inferior à conseguida pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014, quando enfrentou o tucano Aécio Neves.

 

Além dos nove estados nordestinos, o petista também venceu no Tocantins e no Pará. A vitória de Bolsonaro nos três maiores colégios eleitorais do País (Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo), todavia, pavimentou o sucesso do pesselista.

 

Nessas unidades, os três candidatos que se declararam apoiadores do deputado federal tiveram êxito nas urnas: Wilson Witzel (PSC) no Rio, João Doria (PSDB) em São Paulo e Romeu Zema (Novo) em Minas.

 

Em discurso a aliados minutos depois das declarações de Bolsonaro, Haddad sinalizou que pode voltar a concorrer à Presidência. "Daqui a quatro anos teremos uma nova eleição", lembrou o petista. "Temos que garantir as instituições, e não vamos deixar de exercer nossa cidadania."

 

De acordo com o candidato derrotado, "talvez o Brasil nunca tenha precisado tanto do exercício da nossa cidadania como agora".

 

Haddad finalizou sua fala com um pedido: "Não tenham medo. Nós estaremos aqui, estaremos juntos. Temos uma tarefa enorme no País que é, em nome da democracia, defender o pensamento e as liberdades desses 45 milhões de brasileiros que nos acompanharam até aqui. Coragem".

 

STF

 

Após o resultado, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, afirmou que o "Judiciário seguirá com sua missão de moderador dos eventuais conflitos sociais, políticos e econômicos, garantindo a paz social"

 

Resultado

 

JAIR BOLSONARO

57

milhões de votos ou 55% do total

 

FERNANDO HADDAD

 

47 milhões de votos ou 44% do total

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