NOTÍCIAS / NEGÓCIOS

Indústria sobe em abril acima de 50 pontos pela 1ª vez após 25 meses

Gráfica

Diário do Nordeste

02/05/2017

Enviar por e-mail
Imprimir notícia
Apesar da sinalização positiva, o ritmo do setor ainda é bastante lento
Apesar da sinalização positiva, o ritmo do setor ainda é bastante lento

Em março, o PMI teve alta, interrompendo um ciclo de queda de 25 meses, destacou a Markit, responsável pelo índice.

O Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) do Brasil subiu a 50,1 pontos em abril, de 49,6 pontos em março. Essa é a primeira vez que o indicador supera o patamar dos 50 pontos desde janeiro de 2015. Em março, o PMI teve alta, interrompendo um ciclo de queda de 25 meses, destacou a Markit, responsável pelo índice, nesta terça-feira, 2.
 
Segundo a consultoria, a expansão pelo segundo mês consecutivo aconteceu por conta de crescimento tanto no volume de novos pedidos quanto no de produção. As novas encomendas aconteceram por conta "da melhoria nas condições de demanda", informa. "Porém, o ritmo de aumento permaneceu modesto no geral e quase inalterado em relação a março", de acordo com o relatório. O avanço foi observado nos setores de bens de consumo e intermediários. O de bens de capital sofreu uma nova contração. 
 
Demissões
 
Apesar de terem incrementado a compra de insumos, as empresas não criaram novos postos de trabalho. Pelo contrário, houve corte de vagas, completando um período de 26 meses de demissões. No mês, as companhias conseguiram reduzir seus estoques, ainda que de forma lenta.
 
Segundo a economista da IHS Markit e autora do relatório, Pollyanna De Lima, o setor industrial dá sinais de melhora contínua, mas ainda há problemas a serem enfrentados. "Os fabricantes parecem estar longe de operar em plena capacidade, já que a quantidade de negócios pendentes diminuiu acentuadamente apesar de outra rodada de cortes de empregos", escreve a economista.
 
No relatório, a economista destaca que ainda há indícios de problemas de fluxo de caixa nas empresas. "Também digno de nota é que o poder limitado de precificação significou que a grande maioria dos produtores de mercadorias teve que manter inalterados os preços cobrados ao longo do mês, contra um cenário de fortes pressões inflacionárias de custo", escreve Pollyanna. Essa situação motivará, segundo a economista, mais controle pelas empresas do avanço dos preços, "o que poderia potencialmente causar mais danos ao mercado de trabalho". 
 
Por fim, o relatório destaca que os fabricantes permaneceram otimistas em relação às perspectivas para a produção nos próximos 12 meses, antecipando um crescimento sustentado "pela obtenção de novos clientes, pelo lançamento de novas linhas de produtos, por atualizações de maquinário e por uma recuperação econômica".

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da TV RUSSAS. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. TV RUSSAS poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

REDES SOCIAIS

  • Facebook
  • Twitter
  • Soundcloud
  • Youtube

©2009 - 2024 TV Russas - Conectando você à informação

www.tvrussas.com.br - Todos os direitos reservados