CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
Mais uma vítima, e essa fatal, no nosso caótico trânsito. Já são tantas e que quando não mortos, impingindo aos familiares e amigos a dor da perda, restam-lhes sequelas irreversíveis. Vítimas do acaso ou do descaso aliado a inconsequência dos irresponsáveis que tornam seus veículos máquinas mortíferas? Não é exagero, classifica-las assim, é a dura realidade! Há bem poucos dias presenciamos na Avenida Dom Lino, frente a Praça do Estudante, mais um acidente onde a vítima que montava uma bicicleta, um senhor de idade, foi abalroado por uma moto em disparada vindo esse a sofrer fraturas expostas. Constrangedor! A vítima não foi socorrida pelo infrator que se evadiu e nem transportada adequadamente em ambulância e sim na carroceria da viatura após zelosos e competentes cuidados dos guardas do DEMUTRAN.
Acidentes são possíveis sim, e considerados crimes culposos (sem intenção), mas se desrespeitadas as regras do trânsito resultando em vítimas não isenta o condutor de um enquadramento mais rigoroso – crime por dolo (quando há a intenção ou se se tem a consciência do risco. Beber e dirigir, por exemplo) - pela inobservância da lei.
Não sabemos o que as autoridades responsáveis estão esperando para agir. Observando-se com mais acuidade constatamos que é precária a nossa situação. Falta de semáforos nos principais cruzamentos; excesso de velocidade tornando as vias verdadeiras pistas de corrida; direção perigosa; condução de crianças desprotegidas em garupas; inabilitados e menores dirigindo; ultrapassagens pela direita; estacionamentos em locais proibidos ou em paralelo; privatizações de espaços públicos por comerciantes com a colocação de cones nas pistas de rolamentos; invasão abusiva do espaço dos pedestres com a obstrução das calçadas; trânsito e estacionamento de bicicletas em calçadas e na contramão; descargas alteradas; sons abusivos; trânsito de tratores no perímetro urbano etc. Enfim, tudo que é contra as normas de trânsito se observa e não se tomam providências eficazes contra esses abusos.
Talvez o reduzido contingente de guardas do DEMUTRAN, aliado ao despreparo dos condutores de veículos, ou ainda a falta de mais rígidos critérios na concessão da habilitação e até por falta de melhor preparação e conscientização do que é de fato ser habilitado, a triste realidade é que a cada exame despejam centenas de despreparados no nosso trânsito. Não basta portar a carteira de habilitação! É preciso se ter antes de tudo a consciência do que é conduzir um veículo com observância de normas e em especial e primordial respeito aos pedestres. Até profissionais em muitas ocasiões não respeitam cometem, irresponsavelmente, uma série dessas irregularidades. Resta à comunidade suportar passiva e impotentemente essas inconsequências!
Concitamos o Poder Executivo e a Câmara Municipal, o Poder Judiciário e a Promotoria Pública, o DEMUTRAN, a Imprensa, a população em geral para, em audiência pública, tratar, seria e urgentemente, desse assunto. Não podemos mais manter esse estado de apatia em relação ao trânsito local. Isto é compactuar e instigar a desobediência das normas de trânsito e a impunidade, com desastrosas consequências para a população.
J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
"Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo. "
(J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO)
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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