COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

Bolsonaro X Haddad... E agora, José?

Carlos Eugênio

22/10/2018

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A campanha para presidente da República não podia ter o pior desfecho no primeiro turno. Jair Bolsonaro e Fernando Haddad representam o que existe de mais sombrio no cenário político brasileiro. Enquanto um simboliza o retrocesso e a intolerância, o outro é a representação dos subterfúgios fétidos da corrupção e incompetência.
    
Esse cenário do segundo turno na eleição presidencial me faz lembrar Drummond: E agora, José?
    
Como votar num presidenciável que faz, não rouba e nem deixa roubar? Como votar num presidenciável que não discrimina, nem faz da discriminação uma escada para chegar ao poder? Como votar num presidenciável que não debocha dos direitos humanos em nome da segurança pública? Como votar num presidenciável que não menospreza a segurança pública em nome dos direitos humanos? Como votar num presidenciável que não legitima torturas no Brasil? Como votar num presidenciável que não legitima torturas em Cuba? Como votar num presidenciável que não acena para a ditadura militar? Como votar num presidenciável que não acena para a ditadura bolivariana?
    
E agora, José?!
    
Não tem como escolher um presidente que repudie o fascismo de direita e de esquerda.
    
Diante desse quadro, não se pode negar: Jair Bolsonaro é produto do projeto criminoso petista de poder; Fernando Haddad é produto dos desvarios dessa direita extremista medíocre. Isso explica a polarização das duas candidaturas.
    
Esse fenômeno de atração e repulsa que dividiu o país, tem o ódio como ponto comum, tremulando na bandeira das duas candidaturas. Quem perde nesse combate da insensatez, é a sociedade.
    
O segundo turno da campanha presidencial no Brasil, pões em xeque um princípio do cristianismo: se alguém precisa tomar uma decisão, mas o processo revela que qualquer uma das opções são más, é licito decidir por aquela que representa o mal menor.
    
No entanto, entre Bolsonaro e Haddad, existe aquele que represente o mal menor para o país? 
    
E agora, José? A festa acabou. E a esperança, para onde foi?       


Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

Carlos Eugênio

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