COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

Disparidades e privilégios, por quê?

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Hildeberto Aquino

02/03/2018

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Alguém de maior experiência, sapiência ou o que for poderia nos explicar, convincentemente, os porquês pra tais ocorrências e as razões pelas quais nos calamos diante de tantos absurdos, irracionalidades e abusos autoritários dos nossos governantes? Até quando?

O Salário mínimo atual é de R$.954,00, sofreu uma reposição (e não aumento) abaixo da inflação – 2,07% - pelo segundo ano contínuo (o menor índice em 24 anos). O índice que pela Lei 13.152, de 2015, é usado para a correção - o INPC, foi divulgado pelo IBGE e ficou em 2,07% em 2017. Mas vejamos quantas curiosidades. Quem trabalha ganha um mísero Salário Mínimo de R$ 954,00. Já o Salário Desemprego (benefício de fundamental importância para os trabalhadores, haja vista que é o meio pelo qual o trabalhador sustentará sua família enquanto não consegue novo emprego) que teve neste ano um reajuste de 2,07, ficou em R$. 1.677,00, a parcela mais alta. Nada contra, mas é estranho admitir que quem trabalha efetivamente percebe uma migalha e que não está trabalhado recebe quase o dobro. Já o programa Bolsa Família, que ainda que imprescindível em muitos casos concordamos, mas que atualmente é alvo de uma profunda investigação pela Polícia Federal constatando-se diversas irregularidades, tem como reajuste 12,5%. Seria justo esse reajuste, o que achamos estranho é a disparidade. Como se não bastasse vamos agora para o Salário Reclusão que é destinado ao provimento da família na falta do provedor, e não para o presidiário em si. No caso de o preso ter dois filhos e esposa, por exemplo, a família terá direito a 50% do valor do benefício, mais 10% de cada filho com até 21 anos ou maior incapaz e 10% da esposa, ou seja, 80% do valor total, e não mais 100% como antes) foi reajustado para 2018 para R$ 1.212,00. O que se questiona não é o mérito tanto do programa Bolsa Família quanto do Salário Reclusão, mas sim as disparidades em relação ao salário minguado pago para o trabalhador comum e que também pais de famílias com os mesmos encargos familiares dos demais.

Entre tantas outras aberrações que impostas à Sociedade é como justificar as razões pelas quais nós trabalhadores comuns pagamos nossa alimentação, nossos alugueis, compramos nossas roupas, nossos transporte e custeamos todas essas despesas com o que restar do que obrigatoriamente tiramos para sobrevivência (alimento, por exemplo) e alguns privilegiados, em TODOS os já desacreditados Poderes, usufruem graciosamente dessas prerrogativas. Nós brasileiros comuns, idiotizados, é que pagamos, compulsoriamente, através da exorbitante carga tributária a qual estamos submetidos quando trabalhamos quase SEIS MESES por ano só para pagar impostos para o Governo desgovernar como estamos acostumados. O pior é que calamos e anuímos a todos esses ABUSOS!

Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

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