CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
Aristóteles, em “Política”, definiu regimes políticos em três: Monarquia, Oligarquia e Democracia, critérios que subtendem o poder de um; o poder de alguns e o poder supostamente de todos. Já as formas (finalidade, razões) de governo, que deveriam ser direcionadas ao bem comum, são definidas pelo filósofo em seis: a realeza (o monarca define para todos); a aristocracia (alguns definem o quê para todos) e o regime constitucional (onde supostamente todos governariam para todos). As outras formas restantes (Oligarquia, Tirania e a tão propalada Democracia) seriam apenas degenerações dos outros três citados. E é em uma dessas degenerações na qual ilusoriamente nos encontramos e não nos damos conta: Democracia.
Em tempo algum o “Brasil, gigante deitado eternamente em berço esplêndido...”, acordou e fez jus ao título para regozijo nosso, seus filhos. Continuamos, desde os primórdios, iludidos na enganosa e sempre protelada expectativa de que, por sermos gigantes territorialmente e em recursos naturais, tudo vai melhorar e que já estamos chegando a um estágio no qual possamos nos orgulhar de verdade. Mudem regimes e formas de governo e continuamos os de sempre, quase estagnados e vivendo de utopias.
A nossa forma desvirtuada de governo (“Democracia”), aquela na qual os nossos políticos ardilosamente se fundamentam e argumentam para angariar seus votos junto a nós eleitores incautos, alienados, egoístas e individualistas por hereditariedade, não passa de uma Aristocracia, onde a minoria – justamente os inescrupulosos políticos – definem o quê para todos. O mais grave é que agem sobrepondo apenas interesses próprios e em um corporativismo insuportável. Basta ver o último exemplo dado pela Câmara Federal que, em votação secreta (forma covarde de legislar e agir sem ser identificado) deliberou por absolver do processo de cassação o deputado Natan Donadom, condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 13 anos de cadeia (quantos congressistas mereceriam essa condenação...) por crime de peculato (roubo de dinheiro público) e formação de quadrilha, permitindo que esse privilegiado permaneça no exercício de seu mandato. Criou-se assim o primeiro deputado presidiário da nossa história. É bem capaz de ele exigir o auxílio reclusão... Um deboche!
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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