CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
Quem conhece a pujança de Fortaleza sabe que o seu crescimento decorre, maior parte, em função do comércio imobiliário. A cada dia se investem altas somas de recursos propiciadas pelas entidades financiadoras - bancos públicos e particulares. Enquanto isso Russas perde grandes oportunidades de negócios à falta de regularização de documentos dos imóveis. A procura é alta, mas os documentos são, cerca de 85%, PARTICULARES e não PÚBLICOS, legalizados como deveriam, o que impede os financiamentos. Com isso deixam de ser realizados inúmeros negócios e de entrar no município altas somas de recursos que poderiam ser muito bem disseminadas no comércio local ajudando, substancialmente, o desenvolvimento estrutural e econômico-social do município. O que falta: VONTADE POLÍTICA, VISÃO, de todos ou de maior parte de quem poderia fazer algo por Russas. Desde outras administrações até a presente eu, pessoalmente, na qualidade de então representante regional do CRECI e como Corretor de Imóveis, distribui cartas orientadoras sugerindo que se promovesse, a exemplo de outras regiões do País, um forma de se regularizar essas pendências - uma modalidade de USUCAPIÃO COLETIVO - mas desde que a um custo e prazo infinitamente menores ou mesmo sem custo, para a efetiva regularização de um imóvel (casa ou terreno). Todos cederiam um pouco onde a Prefeitura dispensaria impostos para esse tipo de regularização; os cartórios cobrariam valores inferiores às custas normais; a Justiça dispensaria taxas e agilizaria as decisões coletivamente etc. Haveria a participação contributiva COLETIVA, mas que em futuro próximo todos seriam recompensados. Redundaria em benefício da coletividade. Ninguém perderia! Para tal entreguei em mão dos Prefeitos, do Juiz e Promotores da época, aos donos de Cartórios, aos vereadores e a imprensa, carta esclarecedora do propósito. Até hoje resultou em NADA! Por último, já neste ano, recorri ao vereador João Torquato que, de boa vontade, abraçou a causa e se incumbiu de convidar os envolvidos a fim de que em uma audiência pública, com o competente esclarecimento o impasse fosse resolvido. Mas até hoje poucos demonstraram boa vontade em atender o nosso chamamento. Quem ganharia? TODOS: a Prefeitura que teria controle geral dos imóveis na zona urbana e sobre os quais cobraria impostos com mais subsídios e critérios; a Justiça no que lhe coubesse; os donos de Cartórios; os atuais proprietários que teriam os seus bens legalizados para todos os efeitos jurídicos; os compradores que realizariam seus sonhos da CASA PRÓPRIA; os cartórios imobiliários; os técnicos; os corretores de imóveis, o comércio e outros indiretamente. Quem está perdendo pela não adoção da providência? TODOS! Até quando...não sabemos.
Hildeberto AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Corretor e Articulista
Russas (CE)
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
(Martin Luther King)
Portanto, indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania ou se cale para sempre vencido.
(J. Hildeberto J. de AQUINO)
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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