NOTÍCIAS / NEGÓCIOS

Crise ajusta embalagens a novo perfil de consumo

DN online

14/05/2016

Enviar por e-mail
Imprimir notícia

As prateleiras dos supermercados estão diferentes. As opções de embalagens ganharam novas versões, menores, conhecidas como monoporções; ou maiores, chamadas de econômicas e que buscam atender toda a família. Com esta inovação, a intenção das indústrias de bens de consumo e de embalagens é atender o consumidor que está cada dia mais preocupado com sua despesas mensais e seletivo em suas escolhas. Neste momento de recessão econômica é indispensável que o comprador faça cálculos, para saber o que é mais vantajoso dentro do seu perfil de consumo e forma de utilizar cada um dos produtos.

Em recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Ranking Abad/Nielsen 2016 - ano base 2015, 60% das categorias cresceram por embalagens econômicas, o que significa aumento nas opções de desembolso para o consumidor. De acordo com o presidente da Abad, José do Egito, existe um novo cenário nos lares e o cliente tem mais opções nas prateleiras para adequar ao seu bolso. "O intuito é baratear, as indústrias estão fazendo constantes pesquisas e identificaram esta necessidade", explica.

De acordo com o presidente da Abad, é necessário que cada consumidor pense antes da escolha, pesquise e calcule o que é mais vantajoso para a utilização dentro do seu estilo de vida.

Opções diversas

Entre as opções disponíveis, ele cita embalagens de pasta de dente que dobraram de tamanho e são usadas por toda família; refis para produtos de higiene pessoal, alimentos e limpeza; embalagens de leve mais e pague menos; e pacotes individuais, com pequenas quantidades para quem mora só ou quer consumir em pequenas porções.

José do Egito afirma que o consumidor sai beneficiado com esta variedade de inovações e lançamentos constantes. A diretora executiva da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), Luciana Pellegrino, recorda que a mudança no setor vem acontecendo desde os anos de 1990, quando prevaleceu um cenário de muita inflação no País e os clientes buscavam o custo benefício na compra. Desde então, o consumidor passou a querer mais qualidade.

Eficiência e funcionalidade

Para o setor de embalagem, o desafio é ser eficiente o bastante para produzir um menor número de unidades com uma variedade maior. O refil já existia, mas vem ganhando adesão. Outra forte tendência são as embalagens cuja tampa, após aberta, volta a fechar a embalagem, pois o cliente não precisa consumir o conteúdo de uma só vez.

"As empresas buscam atender os anseios de cada região do País. Elas têm que olhar a fundo o consumidor para saber como ele vai organizar o seu abastecimento pessoal", indica Luciana.

Armazéns e distribuição

Em 2015, conforme estudo realizado pela Abre, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) e pela Fundação Getúlio Vargas, a indústria brasileira de embalagem produziu o equivalente a R$ 57,3 bilhões e o setor operou com um grau médio de utilização da capacidade de 82,5%, ante 86,3%, em 2014. O nível de emprego atingiu, em dezembro, 216.024 postos de trabalho.

O sócio-diretor da J. Sleiman, Alexandre Sleiman, informa que, na prática, para as distribuidoras não houve muitas mudanças na rotina com a ampliação dos tipos de embalagens. "As indústrias já trabalham num padrão brasileiro de pallets e as caixas vem sempre neste formato", diz. Em seu segmento, de higiene e beleza, não houve tanta variação. Entre os que mudaram, destaque para os pacotes de fraldas. "Ao invés de comprar pacotinhos, o cliente escolhe um maior pela economia. É esta conta que o consumidor esta fazendo nos dias atuais. Mas existem casos em que o comprador não tem o dinheiro para este tipo de embalagens", alerta.

Na Roma Distribuidora, que trabalha com linhas mais nobres e diferenciadas com produtos importados, lights, diets e saudáveis, o diretor César Roma, informa que as embalagens costumam ser menores, pois nas residências nem todos são adeptos ao mesmo tipo de alimentação.

"Quanto maior a embalagem, maior o risco de desperdício. E a escolha deve depender de quem vai fazer a gestão do consumo na casa, pois tem situações delicadas a cada tipo de consumidor", analisa o empresário.

3

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da TV RUSSAS. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. TV RUSSAS poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

REDES SOCIAIS

  • Facebook
  • Twitter
  • Soundcloud
  • Youtube

©2009 - 2024 TV Russas - Conectando você à informação

www.tvrussas.com.br - Todos os direitos reservados