A desembargadora Vera Lúcia Correia Lima, na última sexta-feira, decidiu devolver o comando do Partido Progressista (PP) no Ceará ao Padre Zé Linhares e aos demais dirigentes que haviam sido afastados, segundo um comunicado da direção nacional da agremiação ao Tribunal Regional Eleitoral, indicando o deputado federal Adail Carneiro como presidente estadual da sigla.
Insatisfeitos, filiados ao PP tão logo tomaram conhecimento da decisão da direção nacional ingressaram na Justiça com uma ação contestando a decisão, em razão de o partido funcionar no Estado com diretório e não com comissão provisória, que não necessitaria de uma providência mais significativa para ser destituída.
O juiz para quem a ação foi distribuída não concedeu a liminar requerida e pediu informações ao partido sobre o ato. Inconformados, os representantes do PP recorreram para o Tribunal de Justiça e o processo foi para a desembargadora Vera Lúcia. Não há mais detalhes sobre o trâmite da ação, nem sobre o inteiro teor da decisão da desembargadora, mas os filiados do PP contrários à indicação de Adail já estavam comemorando desde o início da tarde da sexta-feira.
O vice-presidente do partido que havia sido afastado, Antônio José, que é prefeito do município de Massapê, antes de saber da decisão da desembargadora, mostrava-se confiante e disse ao Diário do Nordeste que o diretório estadual, renovado recentemente para a entrada de
novos filiados, inclusive alguns deputados estaduais e o próprio deputado federal Adail Carneiro, estava assegurado a eles até maio de 2017.
"O diretório está válido e confiamos plenamente na Justiça, porque não há embasamento favorável para a destituição. Pelo contrário, fizemos foi ampliar o partido no Ceará".