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Preço do chuchu sobe 323% no CE

DN online

23/04/2016

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Desde a terceira semana de março deste ano, a caixa de 25 quilos do chuchu passou de R$ 13 para R$ 55 na Ceasa FOTO: SILVANA TARELHO

Entre março e abril, o preço da batata-inglesa quase dobrou na Central de Abastecimento do Ceará S/A (Ceasa). O saco de 50 quilos, que custava cerca de R$ 180 no fim de março, chegou a R$ 350 nesta semana, o que representa uma alta de 94%. Em alguns supermercados, o quilo do legume chega a custar mais de R$ 11. No entanto, de acordo com o levantamento semanal feito pela Ceasa, o item que sofreu a maior variação nos últimos 30 dias foi o chuchu, que acumulou alta de 323%. Desde a terceira semana de março, a caixa de 25 quilos de chuchu passou de R$ 13 para R$ 55.

Em seguida, o produto que teve maior aumento no preço foi o maracujá, cujo preço do quilo dobrou, passando de R$ 3 para R$ 6. Nos dois casos, o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, diz que a causa foi a falta de chuvas no Estado, já que praticamente todo o consumo da Capital e do Interior é atendido pela produção local.

"A alta do maracujá nos surpreendeu, pois nessa época era para estarmos numa boa safra de maracujá, mas a quantidade de chuva que caiu na serra da Ibiapaba foi pouca. E a Bahia, que é um grande produtor, também foi afetada pela falta de chuva neste ano", diz Odálio Girão. Com relação ao chuchu, o analista da Ceasa explica que o motivo é o mesmo, as chuvas abaixo da média na região da serra de Guaramiranga.

Batata

Segundo Girão, a recente alta do preço da batata é consequência da queda na produção nos estados da Bahia, Minas Gerais e, sobretudo, no Paraná, onde a produção foi afetada por uma doença. "Normalmente a maior parte da batata que abastece o Ceará vem do Paraná, mas neste ano o clima chuvoso nas regiões Sul e Sudeste criou um ambiente propício para proliferação da canela-preta. Com essa contaminação houve decadência tanto no Paraná como em Minas Gerais, o que provocou a escassez da batata no Ceará", ele diz. Na comparação com os preços praticados na Ceasa no final de 2015 (R$ 120 o saco), a alta chega a 190%.

Devido à doença, a expectativa é de que os preços do produto continuem em alta por pelo menos mais dois meses. "Ainda vai demorar um pouco para termos uma nova safra. E devemos ter dois meses de recuperação", diz Girão. Segundo ele, até lá, o estado deve ser abastecido principalmente pelos estados de São Paulo, Goiás, e Bahia, mas a produção desses estados não deve ser suficiente para que haja redução de preços. "Nos próximos meses a oferta continuará reduzida e o preço da batata não deve cair, continuando elevado na região Sul e em Minas Gerais".

O impacto da alta do preço da batata tem afetado fortemente na demanda. Segundo o analista da Ceasa, os consumidores estão comprando cerca de um quarto do que compravam há poucos meses. "Quem comprava dois quilos agora está comprando meio quilo. Os mercadinhos de bairro que compram na Ceasa também estão diminuindo o consumo", diz.

ss

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