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Militantes a favor do governo pretendem retornar às ruas

18/04/2016

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Na Avenida da Universidade, espaço conhecido por mobilizações estudantis, movimentos sociais pró-governo realizaram um grande ato em defesa da presidente Dilma Rousseff. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) registrou 4,5 mil pessoas na via. Já a organização do evento aponta cerca de 30 mil militantes. Ônibus dos municípios do Crato, Sobral, Quixeramobim, Chorozinho e demais regiões do Estado estiveram presentes na mobilização.

Por volta das 15h, as ruas do entorno da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) foram bloqueadas para ceder espaço a acampamentos dos militantes do interior, estandes com transmissão da votação, bancas de comida e bebidas. Estudantes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), UFC e Universidade Estadual do Ceará (Uece) formaram frentes estudantis contra o impeachment. Mário Magno do coletivo Kizomba, da Unilab, reuniu 50 pessoas da Universidade. "Montamos acampamento na noite de sábado. Viemos com intenção de dar voz aos movimentos esquecidos pela sociedade", afirma.

Alguns moradores do Bairro Benfica não estavam de acordo com a manifestação. A Igreja dos Remédios, por exemplo, teve as duas missas dominicais comprometidas devido à falta de acesso dos fiéis ao estacionamento. "Fomos prejudicados. Eles tem todo direito de manifestar, mas respeitando o espaço dos outros", relatou o padre Sérgio.

No percurso de quatro quarteirões da Avenida, pessoas se espalharam em barracas de acampamento, durante vigília que iniciou na noite do último sábado. O agricultor José Vieira, 67, do município de Pedra Branca chegou por volta de 6h acompanhado de outras 41 pessoas. "Saímos com intuito de lutar pela democracia. Somos esquecidos por essa elite", ressaltou. Junto do ônibus, uma van de Tauá ajudou a levar pessoas dos dois municípios.

Concentração

Durante a contagem dos votos, que teve início às 17h50, os manifestantes presentes na Avenida da Universidade aplaudiram o discurso do deputado federal José Guimarães (PT) em defesa da presidente Dilma, transmitido pelo telão montado em frente à Reitoria. Voto a voto, os militantes acompanharam a transmissão da votação. A bancada do Ceará recebeu aplausos e vaias com os votos dos deputados Moroni Torgan (DEM-CE) Luizianne Lins (PT-CE), e também do deputado Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca. Após o fim da votação, os militantes petistas reagiram com tristeza, mas ainda motivados e com promessa de novas mobilizações.

Às 22h30, os manifestantes pró-Dilma começaram a deixar a Avenida da Universidade. Apesar da dispersão, alguns grupos continuaram no local mesmo debaixo de chuva. De Assis Diniz, presidente estadual do PT-CE, concluiu que a votação partiu da "elite". A expectativa de Diniz era de que pelo menos 209 votos, entre contra abstenções, barrassem o processo de impeachment. O grupo, formado por sindicalistas, estudantes e movimentos sociais, afirmou que vai criar uma agenda de manifestações pelas ruas para defender a manutenção de Dilma no cargo de presidente.

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