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Militar pede guarda do filho após mãe ser indiciada por morte do mais velho

G1

17/04/2015

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Lewdo Bezerra morreu após ingerir sorvete de morango servido pela mãe, segundo delegado (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
Lewdo Bezerra morreu após ingerir sorvete de morango servido pela mãe, segundo delegado (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

 O subtenente do Exército Francileudo Bezerra pediu na Justiça a guarda do filho mais novo, de 6 anos, que está morando com a mãe, no Recife. Nesta quarta-feira (15), o delegado Wilder de Brito Sobreira, do 16º Distrito Policial,  divulgou o inquérito que apurou o assassinato do filho mais velho do casal, Lewdo Bezerra, de 9 anos, e apontou a mãe do menino, Cristiane Coelho, como a autora do envenenamento do filho.

Nesta quarta-feira (16), o advogado do militar deu entrada na Vara de Família de Fortaleza com o pedido de guarda do filho mais novo, que tem autismo. “Eu acredito que a decisão saia logo, já que está provado que a mãe matou o outro filho”, acredita o advogado Walmir Medeiros. Segundo o advogado, se o juiz decidir favoravelmente em favor do pai, uma carta precatória será enviada ao Recife para que um oficial de Justiça faça o resgate da criança e encaminhe para Fortaleza.

De acordo com as investigações, Cristiane Coelho envenenou o filho com chumbinho adicionado a sorvete de morango, na casa onde a família vivia no Bairro Dias Macêdo, em Fortaleza. "A Cristiane, que dizia ter sido espancada pelo marido, matou o filho envenenado fazendo uso de sorvete de morango. Não há mais dúvida", afirmou o delegado Wilder Brito, após a conclusão do inquérito.

 Prisão preventiva
O delegado está concluindo o relatório do inquérito que deve ser encaminhado nesta semana ao Ministério Público do Estado do Ceará. No relatório, o delegado pede o indiciamento e a decretação da prisão preventiva de Cristiane Coelho por homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio. "O laudo [pericial] reafirma tudo o que a gente já suspeitava, que quem matou o menino Lewdo foi a Cristiane, a própria mãe, e quem envenenou o pai [de Lewdo Bezerra] foi também a mãe", disse Wilder Brito.

Após o recebimento do relatório, cabe ao promotor de Justiça Humberto Ibiapina, da 3ª Vara do Júri, se manifestar contra ou a favor da prisão. A juíza Christianne Magalhães Cabral, titular da 3ª Vara do Júri, pode acatar, ou não, o parecer do promotor. No caso de concordância com prisão, a juíza expede um mandato de prisão e envia por carta precatória à Justiça do Pernambuco, para que cumpra o mandado e prenda Cristiane Coelho.

O Crime
Na madrugada de 11 de novembro, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra e seu filho, Lewdo Bezerra, ingeriram veneno para rato, conhecido como "chumbinho". O pai ficou em coma por uma semana e se recuperou. Francileudo chegou a ser apontado como suspeito de homicídio, porque, na madrugada do crime, a mulher contou à polícia que ele tinha matado o filho com tranquilizantes e tentado se matar, além de agredi-la. Mas a suspeita foi descartada após a conclusão do laudo, segundo o delegado.

Investigações
O laudo pericial da segunda reconstituição da morte do menino Lewdo Ricardo aponta que a mãe da criança fez pesquisas na internet sobre como envenenar pessoas com chumbinho. De acordo com o delegado e os peritos, Cristiane e Francileudo usavam o mesmo notebook, mas de formas diferentes.  “Os equipamentos eletrônicos foram enviados ao núcleo de informática [perícia], e neles os peritos descobriram situações que precisavam ser esclarecidas”, disse o perito José Cordeiro de Oliveira.

Por isso, segundo ele, houve a necessidade da segunda reconstituição do crime, feita em 8 de abril. “Ela fez pesquisas sobre como envenenar uma pessoa com chumbinho [enquanto o marido estava trabalhando]”, afirmou o delegado Wilder Brito.

Se acordo com o primeiro depoimento da mulher do militar, Cristiane Renata Coelho, o marido obrigou que ela e o filho ingerissem tranquilizantes com objetivo de matá-los e, em seguida, tentou suicídio com remédios, mas o laudo toxicológico no corpo do menino indicou que ele morreu por ingestão de veneno de rato. O subtenente chegou a  ser  preso em flagrante pelo crime e levado para o Hospital do Exército, onde ficou em coma por uma semana.

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