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Após bater R$ 2,90, dólar opera instável de olho em acordo grego

G1

23/02/2015

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O dólar passou a operar com instabilidade nesta segunda-feira (23), após ter batido nova máxima em mais de 10 anos, após ter renovado o patamar mais alto neste período na última sessão.

O mercado repercute o acordo entre a Grécia e a União Europeia, que estendeu por mais quatro meses a ajuda financeira para o país conseguir pagar sua dívida internacional, no fim da tarde de sexta-feira (20).

Às 12h30, a moeda norte-americana operava cotada a R$ 2,8810, com leve alta de 0,08%. Veja a cotação. Mais cedo, o dólar chegou a bater R$ 2,9006, maior cotação desde setembro de 2004, renovando a máxima em mais de uma década.

A Grécia deve enviar ao Eurogrupo até o final desta segunda-feira uma lista de reformas, incluindo medidas para lidar com a sonegação fiscal e corrupção, atendendo a uma exigência da zona do euro para prorrogar o acordo financeiro ao país.

Os mercados globais têm sido pressionados por preocupações com a possibilidade de os desentendimentos entre a Grécia e seus parceiros europeus levarem à saída de Atenas dazona do euro, em mais um golpe à frágil recuperação econômica global.

"A Grécia precisa correr para assegurar o acordo. Até lá, o clima vai continuar pesado", disse à Reuters o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno. Nesse quadro, o dólar também se apreciava contra moedas como o euro e os pesos chileno e mexicano.

Projeções negativas

Investidores também vêm mostrando preocupação com a deterioração dos fundamentos macroeconômicos do Brasil e, por isso, diminuindo o ritmo de compras de ativos em reais.

Economistas consultados pelo Banco Central em sua pesquisa Focus diminuíram novamente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, projetando contração de 0,50%, ante 0,42% na semana anterior.

Por fim, as atenções voltavam-se ainda para a política monetária norte-americana. Na semana passada, a ata da última reunião do Federal Reserve chegou a trazer alívio ao câmbio, sugerindo que o banco central dos EUA poderia não dar início ao aperto monetário em junho.
Parte do mercado interpretou que o documento estava defasado por não refletir os mais recentes indicadores econômicos, o que se somava às pressões sobre o câmbio.

Programa cambial

O Banco Central dará continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio nesta manhã, ofertando até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de fevereiro de 2016.

O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a US$ 10,438 bilhões, com oferta de até 13 mil contratos.

Na véspera, a moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,8788, com avanço de 0,45%, atingindo nova máxima em mais de uma década. O patamar é o mais alto desde outubro de 2004.

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