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Infrações aumentam 115% no Ceará

DNonline

10/02/2015

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Excesso de velocidade foi a infração mais registrada. Já as prisões por embriaguez ao volante tiveram redução de 29% FOTO: JL ROSA
Excesso de velocidade foi a infração mais registrada. Já as prisões por embriaguez ao volante tiveram redução de 29% FOTO: JL ROSA

Junto com os dias de animação e festas, a chegada do Carnaval é também um prenúncio de tragédias no trânsito e relatos de vidas perdidas pela imprudência de alguns chocam a população. Contudo, apesar do maior número de ocorrências neste período, os abusos nas estradas são flagrados durante todo o ano e são cada vez mais constantes. De acordo com o balanço operacional divulgado ontem pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), as infrações nas estradas fiscalizadas pelo órgãos cresceram 115% em 2014.

Enquanto em 2013 foram feitas 80.535 autuações, no ano passado o número chegou a 173.501. Destas, cerca de 43% (74.529) foram por condução de veículos em velocidade acima da permitida. Na sequência, foram registradas 13.138 ultrapassagens perigosas, número que corresponde a 7,8% do total de infrações. As outras ocorrências mais comuns em 2014 foram conduzir sem o cinto de segurança (4,0%), dirigir o veículo não devidamente licenciado (3,4%) e estar sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou outro tipo de permissão (2,8%).

Para o chefe do núcleo de comunicação da PRF, Alexsandro Batista, dirigir acima do limite permitido é ainda mais preocupante neste período. "Os maiores cuidados que a população deve ter com a proximidade do Carnaval, é o excesso de velocidade", ressalta. Segundo ele, as indicações nas placas garantem ao cidadão uma condução sem maiores problemas. "Já o excesso diminui os reflexos e induz ao erro, especialmente quando se dirige por horas sem descanso", completou.

Um outro problema antigo, mas cada vez mais preocupante é a mistura entre álcool e direção, o que se reflete em outras infrações, como as descritas acima. "A gente fala isso cotidianamente, mas muitos não ouvem. Nas mortes ocorridas neste fim de semana, houve bebida alcoólica envolvida", reforça Batista.

A boa notícia é que as ações de fiscalização parecem ter surtido algum efeito, ainda que a gravidade do problema continue. De acordo com a PRF, em 2014, foram feitos 59.202 testes com o etilômetro, 53,4% a mais do que no ano anterior. Isso pode ter levado à redução de 29% no número de prisões por embriaguez, que foram 230 no ano passado contra 324 em 2013. Já o número de autuações pelo uso de álcool ficou praticamente estável, com 1.233 multas aplicadas em 2014 e 1.240 em 2013 (-0,6%).

O chefe do núcleo de comunicação alertou ainda que a soma do excesso de velocidade e bebidas resulta nas ultrapassagens proibidas. "E isso leva a colisões fatais", lamenta. "Se o motorista não tiver certeza de que vai dar tempo de fazer a manobra, não faça", explicou.

Óbitos

O desrespeito às normas de trânsito teve como consequência o aumento no número de mortes. Foram registrados 291 óbitos, número 25% maior em comparação com o ano anterior, quando morreram 233 pessoas.

Outro dado alarmante é que 46,91% destas mortes foram de passageiros ou condutores de motocicletas. Muitas das fatalidades poderiam ser evitadas, segundo o oficial da PRF, com medidas simples, como o uso do capacete. Batista reforça que a falta da proteção aumenta o risco de morte em 1,5 vezes para o motorista e em 8,3 vezes para o passageiro da moto.

Além disso, há outros cuidados. "As motos devem trafegar longe de caminhões, que geram uma corrente de ar muito forte, e transitar com o farol ligado".

Em todo o Brasil, o índice de acidentes, feridos e mortes nas estradas federais caiu entre 2013 e 2014. A maior queda, de 15,3%, foi na taxa de acidentes. No caso dos feridos e dos óbitos, o índice diminuiu 9,2% e 8,4% respectivamente.

Número  de acidentes tem redução de 4,3%

A quantidade de acidentes registrados, entretanto, diminuiu, conforme o balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram 3.777 no ano passado e 3.946 em 2013, numa redução de 4,3%. O mesmo aconteceu com o número total de feridos graves nas ocorrências, que caíram de 1001 para 967 em igual período (-3,4%).

Mesmo assim, a redução foi considerada "discreta" pela PRF. "O que observamos é que o esforço operacional houve, mas não surtiu o efeito desejado porque o condutor não aprendeu a respeitar os conceitos mais básicos", reconhece Alexsandro Batista, chefe do núcleo de comunicação da PRF. "A mudança desses números em nosso favor só vai ocorrer se a população mudar o comportamento. Senão, vai continuar essa bola de neve crescente", acrescenta.

A PRF relaciona a queda no número de acidentes, apesar do crescimento da frota, ao reforço no policiamento e na fiscalização rotineira, além de 38 operações específicas realizadas em 2014. Somente no ano passado, o Ceará passou a ter mais 212.226 veículos, num aumento de 8,9%. São 2.596.621 transportes motorizados no Estado, conforme o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

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