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Ceará é referência em transplantes no País

01/09/2014

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 Neste ano, seis transplantes de pulmão foram realizados no Ceará. Com isso, chega a 22 o número de procedimentos realizados pelo Hospital de Messejana desde 2011. Apenas outras três unidades realizam a operação no País, em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Já transplantes de coração foram 14 no mesmo período, o que coloca o Estado em evidência no Brasil. O aumento dos transplantes está associado às campanhas de conscientização para a importância de doar. Entre elas, está o movimento Doe de Coração, promovido pela Fundação Edson Queiroz, desde 2003.
Em setembro, mês em que se comemora o dia mundial de doação de órgãos e tecidos, celebrado no dia 27, o movimento Doe de Coração inicia sua 12ª campanha. De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Barbosa, o movimento, reconhecido pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), conseguiu chamar a atenção da sociedade para a doação.
"O Doe de Coração desenvolve excelentes estratégias de comunicação que conseguem informar e sensibilizar todos segmentos da sociedade cearense. A campanha promove mudanças de atitudes positivas para os transplantes, favorecendo o aumento do número de famílias que dizem sim à doação de órgãos e tecidos", afirma.

O primeiro semestre de 2014 registrou um aumento de 28,4% das notificações de potenciais doadores de órgãos e tecidos para transplantes no Estado em comparação com igual período do ano anterior. As doações efetivas também cresceram 24,7%, e os transplantes, 15,9%, conforme levantamento da Central de Transplantes da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).
Recusas
As campanhas de incentivo às doações também podem estar contribuindo para o esclarecimento das famílias de potenciais doadores. Segundo o Hospital de Messejana, a redução proporcional das recusas familiares à doação apresentou a maior variação no semestre, sinalizando maior aceitação. "Nos primeiros cinco meses do ano, a negativa familiar às doações nas entrevistas teve média de 47,7%, taxa reduzida em junho a 28,9%", informou a instituição.
De acordo com dados da ABTO, já foram realizados 922 transplantes no País em 2014, enquanto 1.037 pessoas ainda permanecem na fila de espera. Segundo o presidente da ABTO, Lúcio Pacheco, para que as pessoas sejam favoráveis à doação, é necessário esclarecimento sobre o processo doação-transplante. "Fazemos isso através de campanhas regulares semelhantes à idealizada pelo movimento Doe de Coração", afirma.
A importância de campanhas que esclareçam e desmitifiquem os receios sobre a doação de órgãos é testificada por pessoas que precisaram de um transplante e hoje fazem parte da luta para garantir a vida de muitos outros que ainda necessitam receber órgãos e tecidos. É este o caso de Velúsia Medeiros, fundadora e gestora do Grupo de Apoio ao Paciente Onco-Hematológico (Gapo), que passou por um transplante de medula.
"Fui acometida pelo câncer, leucemia mieloide crônica, em fevereiro de 2002. Fiquei um ano em tratamento com medicações até chegar o momento do transplante. Passei um ano à espera e ela não foi tão grande, pois tive a felicidade de encontrar em minha família um doador 100% compatível comigo, o meu irmão. Ver no outro a possibilidade de continuar a sua vida é sensacional", conta.
Divulgação
O presidente da Associação Cearense dos Pacientes Hepáticos e Transplantados, José Wilter, foi beneficiado pelo transplante de fígado e ressalta o resultado de ações de divulgação para viabilizar novos procedimentos. "Tive a felicidade de uma família, após a morte de seu ente querido, ter tido a solidariedade e o amor de dizer o 'sim' para a doação de órgãos. Sem isso, eu não estaria aqui dando este depoimento. Depois do transplante, foi uma nova vida".
A campanha Doe de Coração busca sensibilizar a sociedade através dos meios de comunicação com o objetivo de atingir diversos segmentos da população, em especial a rede de saúde pública e privada, além de grandes agentes, com a utilização de anúncios de jornal, inserções em TV aberta e fechada e distribuição de cartilhas e camisas.
A mobilização é realizada em hospitais, escolas, clínicas, no Sistema Verdes Mares, na Unifor e em entidades, além de configurar em investimento da Fundação Edson Queiroz para disseminar essa mensagem de esperança de vida, atingindo milhares de pessoas.

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