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Ceará registra 90% dos casos de sarampo do Brasil

Diário do Nordeste

27/08/2014

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O Ceará vem sofrendo, nos últimos meses, um surto de sarampo, com casos identificados em vários municípios. O Ministério da Saúde registrou, de 1º de janeiro deste ano até ontem (26), 341 casos em todo o País, enquanto somente no Ceará, de 25 de dezembro de 2013 a 22 de agosto de 2014, foram 307 ocorrências. Isso revela que 90% dos casos estão concentrados no nosso Estado.

O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), do dia 8 de agosto, mostrou 252 casos confirmados. No documento seguinte, de 22 de agosto, o mesmo órgão revelou 55 casos a mais do vírus no Estado. Das 184 cidades, 52 foram notificadas com a suspeita do vírus, e em 20 delas já foi confirmada a doença.

Foram 123 casos em Fortaleza, um em Aracati, um em Camocim, três em Caucaia, um em Itaitinga, um em Itapipoca, um em Jaguaribe, dois em Maracanaú, um em Maranguape, 65 em Massapê, um em Mucambo, quatro em Santana do Acaraú, 30 em Sobral, três em Trairi, três em Tururu, 61 em Uruburetama e um em Uruoca.

De acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Márcio Garcia, a concentração de casos, tendo em vista o número de suspeitas, está concentrada nas cidades de Sobral e adjacências.

"Tivemos um quantitativo importante em Sobral, Uruburetama, Itapipoca e municípios vizinhos. E, apesar de estarmos vivendo um momento de surto de sarampo, não foi registrado nenhum caso de morte, já que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas".

De acordo com as recomendações da Sesa, em todo caso suspeito de doença exantemática, deve-se realizar coleta sanguínea para realização de sorologia e investigação a partir do início do aparecimento de bolhas avermelhadas até 28 dias após o aparecimento deste sintoma.

Em caso de sorologia positiva para sarampo, uma nova coleta deve ser realizada em 20 a 25 dias após a primeira. Também deve ser feita a coleta de urina e/ou swab de nasofaringe/orofaringe para identificação viral. Todos os casos de doenças exantemáticas devem ser registradas no sistema de informação (SINAN) por critério laboratorial.

Deve-se proceder, em caso suspeito, a realização de bloqueio vacinal, com a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), vacinação dos contatos suscetíveis e atualização da situação vacinal da população.

Outra ferramenta de prevenção das doenças exantemáticas é a educação em saúde na comunidade, abordando de forma clara e simples como prevenir e controlar as doenças, e o dever de cada cidadão de informar, ao serviço de saúde mais próximo de sua casa, casos suspeitos de sarampo, rubéola ou SRC.

Casos

O sarampo é uma doença viral que, segundo Garcia, já havia sido combatida em todo o Brasil. Porém, desde a primeira semana deste ano, a situação mudou. "Em 2013 aconteceu um surto em Pernambuco, quando a doença veio importada para cá, por não conseguirem conter. Logo em seguida, já apareciam casos no Ceará e em Fortaleza".

Tratando-se de uma doença altamente transmissível, os mais vulneráveis ao vírus são as crianças com idade entre seis meses e cinco anos.

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