Informações DN
04/01/2014
O problema do trânsito no Interior do Ceará é tão grave quanto a falta de segurança pública. Na maioria das cidades, a fiscalização é precária. Quem realiza o trabalho dos fiscais do trânsito é a Polícia Militar. Os pátios das delegacias de Polícia e das unidades regionais do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) estão lotados e, a cada dia, o número de veículos apreendidos, principalmente de motocicletas, aumenta.
Em Russas, a precariedade na fiscalização de trânsito se dá pelo baixo contingente de agentes de trânsito, segundo explicou o diretor adjunto do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), Gilvan Gonçalves. De acordo com ele, o município possui apenas 14 agentes, onde apenas quatro fazem a ronda diariamente no Centro da cidade. A frota de veículos licenciados no município é de 27 mil. Para o diretor, seria necessário um agente para cada mil veículos. "Não seria o ideal, mas chegaria perto", conta.
Com o número reduzido de pessoal, somente o Centro da cidade é fiscalizado, ficando a periferia exposta à negligencia de condutores. Entre as infrações mais comuns estão pessoas conduzindo motocicletas sem capacete e com o número excedente de passageiros, chegando a três ou quatro pessoas numa moto.
Sem habilitação
A zona rural também sofre com o problema, onde envolve embriaguez ao volante, menores conduzindo motocicletas, alta velocidade, pessoas não habilitadas e a não utilização do capacete. "Para um trabalho mais efetivo no trânsito, tanto na zona urbana quanto na zona rural, seriam necessários 50 agente efetivos. Estamos aguardando um concurso público prometido pela prefeitura", diz ele.