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Emancipação de Flores; Moradores apostam em mais trabalho e segurança

Ellen Freitas

21/06/2013

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O distrito de Flores, distante 20km da sede deste município, é um dos que há anos luta por sua emancipação. Por diversas vezes, movimentos emancipacionistas formados dentro da comunidade reivindicaram do poder público municipal o apoio à luta. Poucas pessoas ainda acreditam no desejo da comunidade.

O Distrito de Flores abrange sete comunidades circunvizinhas e conta com população estimada em 10 mil habitantes. Possui duas escolas, sendo uma estadual com ensino médio e outra municipal, até o nono ano.

O distrito conta com uma Unidade Básica de Saúde (UBS), agência dos Correios e todos os demais quesitos necessários para sua emancipação, além de um eleitorado em torno de sete mil pessoas.

A indústria ceramista instalada em Flores é responsável pela principal geração de empregos da localidade, sendo 25% das indústrias do município instaladas na região do distrito. Além disso, sua sede conta com uma fábrica de peças, duas de confecções e metalúrgica. O comércio atende às demandas da população, mesmo sofrendo com a falta de segurança, principal reivindicação da população.

Mesmo com vasta estrutura, seus moradores sonham em poder ter autonomia para administrar os recursos gerados pelo distrito. De acordo com o aposentado José Onesmo, seria muito bom para a população a emancipação. "Se Flores passasse a ser cidade ia ficar mais fácil de resolver vários problemas, mas a gente fica dependendo da cidade e aí nada acontece", reclama.

O distrito fica um pouco mais próximo da cidade de Limoeiro do Norte. São cerca de 15 minutos para chegar ao Centro comercial. É lá que as pessoas utilizam bancos, pagam contas, realizam emplacamento de veículos, dentre outros serviços. A principal reclamação dos moradores é a falta de segurança que tem prejudicado o comércio local. O distrito conta com um posto da Polícia Militar, onde ficam de plantão apenas dois policiais.

De acordo com o ceramista Erizardo do Souza, a emancipação melhoraria na segurança e no desenvolvimento do comércio. "Aqui não tem um ponto para se pagar as contas, fazer saques. Até tinha, mas devido aos assaltos, eles fecharam e o comércio perde com isso. Se Flores virar cidade, com certeza vai ter banco e vai aumentar o patrulhamento", ressaltou.

Além de problemas com a segurança, moradores esperam melhorias em obras estruturantes como pavimentação de ruas, iluminação pública e saúde.

Com a emancipação, Flores também ficaria com 65% do Perímetro Irrigado Tabuleiro de Russas, que está em sua fase de expansão para sua terceira etapa. E, de acordo com o prefeito do município, Weber Araújo, Russas não perderia tanto com a emancipação.

"Para nós é até melhor, porque o distrito poderia centralizar e gerenciar suas receitas. O que é arrecadado de impostos não é muito significativo, já que a população de lá também acaba pagando tributos em Quixeré e Limoeiro do Norte, através da aquisição de bens ou serviços", explicou o prefeito.

Ainda segundo Weber, as obras públicas construídas em Flores serão passadas para a administração da nova cidade.

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