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Em dez anos, dobra número de helicópteros no CE

TV Russas

18/05/2012

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O número de helicópteros nos céus cearenses ainda não causa impacto negativo no tráfego aéreo, segundo a Aeronáutica
O número de helicópteros nos céus cearenses ainda não causa impacto negativo no tráfego aéreo, segundo a Aeronáutica

Com 40 aeronaves, o Ceará é líder no Norte/Nordeste em quantidade de helicópteros de acordo com a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). No ranking nacional, o Estado ocupa a nona posição. A frota cearense duplicou em 10 anos, com apenas 20 aeronaves em 2002. O crescimento é superior ao nacional, que chegou a 65% no mesmo período. No total, o Brasil tem 1.752 helicópteros, a maior concentração está em São Paulo, com 654.


Para atender a demanda de helicópteros, o Ceará tem 24 helipontos, sendo 13 na Região Metropolitana de Fortaleza. Os demais estão espalhados em seis municípios: Paraipaba, Trairi, Paracuru, Cascavel, Fortim e Guaramiranga.


Empreendimentos

Se a fuga pelos ares foi alternativa ao engarrafamento em terra, construtoras e imobiliárias se adaptam. Ricardo Bezerra, sócio e diretor-executivo da Lopes Immobilis, afirma que os helipontos são fundamentais nos empreendimentos comerciais. Ele estima que 80% dos edifícios empresariais construídos nos últimos cinco anos têm heliponto. “Não é luxo, é fundamental, muita gente usa para o trabalho”, diz ele.  Apesar de ressaltar a importância do equipamento, Bezerra afirma que ainda são poucos os clientes que fazem dele um pré-requisito, sendo, em geral, um diferencial. “É uma coisa muito positiva pra venda. Entre um empreendimento com heliponto e um sem, o cliente vai optar pelo que tem”.


Eugênio Montenegro, vice-presidente da área de tecnologia do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-CE), estima que os helipontos no Ceará devem se multiplicar daqui a três anos, quando ele crê estar maior a movimentação rumo ao Pecém. “Como não tem aeroporto no Pecém, as pessoas terão que desembarcar em Fortaleza e ir de helicóptero pra lá”.


A demanda crescente para os empreendimentos comerciais não se reproduz nos residenciais. O Ceará tem apenas um heliponto homologado pela Anac em residência, no Condomínio Mansão Macêdo. “Não enxergo essa demanda para os residenciais, nem mesmo nos de luxo”, diz Montenegro. Bezerra está de acordo: “essa procura para residências é uma raridade”.


Montenegro explica que helipontos exigem mudanças estruturais nos prédios em que se localizam, principalmente nas lajes. O primeiro aval para a construção de um heliponto deve partir da Prefeitura, que vai avaliar o local solicitado. O segundo aval é o da Anac, que faz a homologação - vistoria e certificação -, depois da qual é permitido o funcionamento do heliponto. Já tráfego aéreo e a movimentação de aeronaves cabem ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Aeronáutica.


O aumento do número de helicópteros nos céus cearenses não tem impacto negativo no tráfego aéreo, de acordo com a assessoria de imprensa da Aeronáutica, já que aviões e helicópteros voam com diferentes perfis e altitudes. O órgão também explica que o Ceará ainda tem folga no espaço aéreo. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde há mais tráfego e edifícios muito altos, helicópteros voam por espécies de vias aéreas, com espaço delimitado, o que não acontece 

 

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