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Ceará começa ano de 2018 em alerta com crise hídrica

Diário do Nordeste

02/01/2018

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O Ceará entra o ano novo na iminência de um colapso hídrico e à espera de uma quadra chuvosa acima da média, para melhorar este cenário. De acordo com o Portal Hidrológico da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), o atual volume de abastecimento nos 155 açudes do Estado é de 1,35 bilhões (7,2%), distribuídos em 12 bacias hidrográficas, cuja capacidade total é de 18,64 bilhões m³. Os números mostram uma tímida melhoria no quadro, comparado a igual período de 2016, no qual os reservatórios registraram um volume de 6,8%.

O saldo positivo de chuvas de dezembro último, referente à pré-estação, não foi suficiente para que os açudes do Estado atingissem pelo menos o volume médio de abastecimento. Sertões de Crateús (0,26%) e Baixo Jaguaribe (0,96%) estão entre as bacias mais ameaçadas pela estiagem. O Estado atualmente possuí 72 açudes em volume morto ou seco e 124 com a capacidade abaixo de 30%. Orós (6,21%), Castanhão (2,7%), Banabuiú (0,49%), que juntos, somam capacidade de 10,4 bilhões de m de água, 55% da reserva hídrica do Ceará, também estão em situação de alerta.

Já as bacias do Coreaú (51,82%) e Litoral (37,26%) têm os melhores índices. A Metropolitana registra um volume de 16,65%. Apesar de não ser considerada a pior, se encontra em situação que requer cautela.

Situação delicada

Segundo o presidente da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado do Ceará (Cogerh), João Lúcio de Farias, a atual situação é delicada; porém, o Governo trabalha em diversas frentes para amenizá-la. "Estamos realizando um grande esforço para garantir o abastecimento para consumo humano. Não há como cravar como será 2018. Vai depender da quadra chuvosa. Só em agosto é que teremos a real noção de como estará. A partir daí, vamos traçar novas estratégias para que a situação continue sob controle".

O gestor ressalta que a transposição do Rio São Francisco e a instalação da planta de dessalinização podem contribuir para evitar um colapso hídrico. "As obras do São Francisco estão em pleno vapor,24 horas por dia. Esperamos que, ainda neste primeiro semestre, sejamos beneficiados por elas".

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