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Com lances altos, Petrobras leva 3 blocos do pré-sal e oferece até 80% da produção à União.

g1

28/10/2017

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Governo arrecadou R$ 6,15 bilhões com a venda de 6 blocos dos 8 oferecidos (Foto: Daniel Silveira/G1)
Governo arrecadou R$ 6,15 bilhões com a venda de 6 blocos dos 8 oferecidos (Foto: Daniel Silveira/G1)

O leilão de 8 áreas de exploração do pré-sal registrou ofertas elevadas, especialmente da Petrobras. A estatal levou as três áreas que declarou interesse e aceitou ceder até 80% da produção para a União. Esse percentual é muito acima dos valores mínimos propostos no edital e do valor oferecido no leilão de Libra, em 2013.
Dos 8 blocos ofertados, 6 tiveram proposta. No regime de partilha, que rege o pré-sal, vence a disputa quem oferecer a maior fatia de petróleo ou gás excedente da produção futura para a União. Esse excedente é o volume de petróleo ou gás que resta após a descontar os custos da exploração e investimentos.
Além da produção futura, as empresas terão de pagar um bônus ao governo na assinatura do contrato. A União receberá R$ 6,15 bilhões das concessões vendidas no leilão desta sexta-feira.
Se a licitação fosse feita em regime de concessão, o governo receberia mais dinheiro à vista, mas no futuro só receberia royalties. Nas concessões, o governo não tem direito a parte da produção futura.
Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), os investimentos previstos nas áreas vendidas nesta sexta-feira somam R$ 760 milhões.

Ofertas ousadas

Venceu a concessão a empresa que ofereceu o maior volume de óleo excedente à União. Os valores mínimos previstos no edital variam de 10,34% a 22,87%. As empresas ofereceram até 80% da produção.
As ofertas mais ousadas foram feitas pelos consórcios que tinham a Petrobras como líder e que ela tinha manifestado direito de preferência:
80% de óleo excedente pelo bloco de Sapinhoá, que tinha lance mínimo de 10,34%;
76,96% de óleo excedente pelo bloco de Peroba, que tinha lance mínimo de 13,89%;
75,86% de óleo excedente para Alto de Cabo Frio Central; lance mínimo era de 21,38%
Após o leilão, o presidente da estatal, Pedro Parente, disse que lances altos foram para garantir áreas que a empresa queria. “Nós não podíamos nos dar ao luxo de perder essas oportunidades”, argumentou o executivo.
No leilão de Libra, em 2013, única área do pré-sal leiloada até então, o consórcio da Petrobras foi o único a fazer proposta, pelo lance mínimo de 41,65% de óleo excedente.
O diretor-geral da ANP, Decio Oddone, declarou que o alto percentual de excedente em óleo ofertado surpreendeu a agência. "Superou em muito as nossas expectativas", afirmou após a realização do evento.
No Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado. Já o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse o mercado aceitou o regime de partilha, mas que o governo poderia ter ganhado um bônus maior se o leilão fosse no regime de concessão.

Quem venceu
As empresas estrangeiras ficaram com 3 das 8 áreas do pré-sal vendidas no leilão desta sexta-feira (27). Já o consórcio liderado pela Petrobras, que antes era operadora exclusiva do pré-sal, ficou com 3 áreas. Duas áreas não receberam proposta.
Entre as estrangeiras, a Shell foi a que levou a maior quantidade de áreas. A petroleira anglo-holandesa está em três consórcios vencedores. Já a norueguesa Statoil liderou o consórcio que ficou com a área mais cara e deverá fazer o maior pagamento de bônus (veja abaixo).

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