Ex-governador do Rio de Janeiro foi condenado até agora a cinquenta e nove anos de prisão por corrupção e outros crimes.
A casa de praia do o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral fica em um condomínio fechado de frente para o mar de Mangaratiba, perto de Angra dos Reis, e vai ser leiloado pela justiça. O preço? R$ 8 milhões. Cabral foi condenado, até agora, a cinquenta e nove anos de prisão por corrupção e outros crimes.
É um lugar tranquilo e reservado, mas também um dos símbolos da era Sergio Cabral como governador. A casa de 460 metros quadrados ficou famosa por ser o refúgio sofisticado dele e da família nos fins de semana, para onde ele ia muitas vezes de helicóptero.
Por dentro, conforto. Cozinha, sala de TV, sala de estar ampla, 5 suítes - a do casal com visto para o mar. No quintal, sauna com paredes de vidro, sala de ginástica e duas piscinas. Tudo a poucos passos da praia e longe dos olhos do eleitor, pelo menos até no que acontecia aqui ser descoberto pela Lava-Jato.
Os investigadores dizem que a casa era usada como um posto avançado de Sérgio Cabral para fazer negócios ilegais. O que ficava ainda mais fácil porque outros acusados de fazerem parte da organização criminosa eram vizinhos dele aqui no condomínio.
Pelo menos outros sete investigados pela Lava-Jato moram ou moraram lá. Dos quatro que estão presos, dois são ex-secretários. O da Saúde, Sergio Cortes, e o de Governo, Wilson Carlos.
Acusado de comandar uma organização criminosa que desviou pelo menos R$ 220 milhões, Sérgio Cabral teve vários bens sequestrados pela Justiça. A casa de praia vai a leilão no dia 3 de outubro por R$ 8 milhões e inclui todos os móveis, aparelhos eletrônicos e até objetos pessoais. É um começo para dar início à devolução do dinheiro que jamais deveria ter saído dos cofres públicos.
O juiz Marcelo Bretas, aa Sétima Vara Federal Criminal do Rio, decretou o bloqueio de R$ 224 milhões do ex-governador Sérgio Cabral, da mulher dele, Adriana Ancelmo e de mais nove condenados na Operação Calicute, braço da operação Lava-Jato, no Rio. O valor é referente ao montante encontrado em contas bancárias, investimentos e recolhido em espécie no cumprimento de mandados de busca e apreensão.