A ação que terminou com quatro mortos e três feridos era a terceira da quadrilha, nos últimos três meses.
A quadrilha que tentou assaltar um carro-forte, no Parque São José, na última terça-feira (11), também é responsável por outros dois ataques, na Capital e na Região Metropolitana, ocorridos nos últimos três meses, segundo o delegado Diego Barreto, da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). A primeira dessas ações criminosas terminou com a morte de um vigilante.
O latrocínio aconteceu no dia 11 de abril deste ano, quando sete criminosos abordaram vigilantes de uma seguradora, que recolhiam o dinheiro de uma casa lotérica, localizada na Rua Emílio de Menezes, na Granja Lisboa. Antônio Luís Alexandre Sousa, 24, foi feito refém e assassinado pelos assaltantes.
O segundo assalto da quadrilha ocorreu em uma casa lotérica, localizada num mercantil, em Maranguape, no último dia 30 de junho. O bando anunciou o roubo quando o carro-forte chegou para recolher os malotes de dinheiro, fez funcionários do estabelecimento de reféns e fugiu com cerca de R$ 50 mil.
Dois vigilantes e um delegado de Polícia Civil foram baleados durante o tiroteio. O delegado já recebeu alta médica. Os vigilantes também não correm risco de morte
De acordo com Diego Barreto, a quadrilha em questão é comandado por Rafael Epifânio da Silva, que está foragido e tem uma lista extensa de antecedentes criminais, incluindo extorsão mediante sequestro. A Especializada realiza diligências desde a manhã de ontem, com o objetivo de encontrar armas que podem ter sido utilizadas no ataque ao carro-forte e de localizar os outros criminosos envolvidos na ação, inclusive Rafael Epifânio.
Confronto
Na última na terça-feira (11), a DRF recebeu a informação de que haveria uma ação criminosa contra uma instituição financeira. Os policiais chegaram ao supermercado, onde funciona uma casa lotérica, quando a quadrilha abordava os vigilantes do carro-forte, que recolhiam malotes no local. O efetivo da DRF era de dez policiais civis, sendo dois delegados. "Recebemos informes de uma movimentação suspeita no supermercado. Assim que entramos no estacionamento, começou a troca de tiros entre os vigilantes e os bandidos. Havia muitos transeuntes, não podíamos entrar no confronto com receio de acertar um inocente. Quando os bandidos fugiram do supermercado, agimos. Atiraram em nós e revidamos. Dois deles acabaram mortos no local e o terceiro, na Lagoa do Mondubim, após perseguição", contou Diego Barreto.
Os criminosos mortos são Cristian de Oliveira Lopes, 28, que já respondia por roubo e tinha um mandado de prisão em aberto pelo latrocínio do vigilante; Gabriel Veloso Lima de Sousa, 20, que respondia por receptação; e um homem conhecido por 'Samuel', que usava uma farda da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). Com eles, a Polícia apreendeu uma pistola calibre 380 e um Toyota Corolla.
Bala perdida
Um cliente da casa lotérica foi atingido por uma bala perdida e morreu. Segundo o delegado, a vítima foi alvejada no confronto entre a quadrilha e os vigilantes. "A Polícia agiu com muita cautela, tentando ao máximo preservar a vida dos inocentes que estavam ali", afirmou.
Durante a operação, o titular da DRF, delegado Raphael Vilarinho, foi baleado na coxa. Segundo Diego Barreto, Vilarinho foi medicado e já recebeu alta médica. Dois vigilantes também foram baleados pelos criminosos, mas não correm risco de morte.