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Sambistas do Rio usam redes para defender Carnaval

Diário do Nordeste

16/06/2017

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A Liesa comunicou que o evento não será realizado em 2018, caso a prefeitura carioca mantenha a intenção de cortar pela metade as verbas de subvenção
A Liesa comunicou que o evento não será realizado em 2018, caso a prefeitura carioca mantenha a intenção de cortar pela metade as verbas de subvenção

Expoentes do gênero musical compartilharam cartaz virtual chamando pessoas às ruas contra decisão de Crivella.

Rio de Janeiro. A divulgação do comunicado da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) de não desfilar em 2018, caso a prefeitura mantenha a decisão de cortar pela metade a verba pública de subvenção, fez com que diversos sambistas começassem a compartilhar um cartaz chamando a população para as ruas.

Na imagem, há frases com versos da música "Não deixe o samba morrer / Não deixe o samba acabar" em um fundo preto, simbolizando uma espécie de luto.

Alguns profissionais do carnaval ainda convocam para uma "batucada" na porta da sede do governo municipal, neste sábado, a partir das 15h.Na noite de quarta-feira (14), após reunião na sede da Liga com todos os dirigentes das agremiações, ficou decidido que a "redução do subsídio da prefeitura às agremiações inviabiliza o carnaval do ano que vem".

O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, afirmou que aguarda uma audiência com Crivella para decidir os rumos definitivos da folia de 2018.

"É muito angustiante. Vamos aguardar uma audiência com a prefeitura para tentar encontrar outra saída. Mas se o prefeito não voltar atrás, a apresentação fica inviabilizada", disse o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, acrescentando: "o carnaval traz muita receita para a cidade, é um investimento para a prefeitura. Entendemos as dificuldades que o prefeito tem para administrar, mas ele também tem que compreender que o carnaval é o maior ativo cultural do Rio.

Após o anúncio de que o prefeito Marcelo Crivella pretende cortar à metade a subvenção distribuída às escolas do Grupo Especial, pelo menos cinco das 13 agremiações da elite do carnaval - União da Ilha, Mocidade, São Clemente, Mangueira e Unidos da Tijuca - ameaçaram ficar longe da Marquês de Sapucaí em 2018. Representantes do setor turístico e das escolas argumentam que o investimento do município no maior evento da cidade incrementa a economia do Rio. A festa, segundo cálculos da Riotur, movimenta R$ 3 bilhões no período, aumentando a arrecadação de impostos.

O prefeito Marcelo Crivella disse, na segunda-feira (12), que planeja cortar pela metade a subvenção concedida às escolas de samba do Grupo Especial a partir do carnaval de 2018. Os recursos das escolas seriam remanejados para dobrar as diárias pagas por criança às creches privadas conveniadas com a prefeitura. Nos dois últimos anos (2016-2017), cada escola do Grupo Especial recebeu R$ 2 milhões da prefeitura. Com o corte, esse valor passaria para R$ 1 milhão por agremiação, que corresponde ao que cada escola recebeu há dez anos, em 2008. O prefeito argumentou que precisa dos recursos, e que o corte não iria interferir tanto no evento se os sambistas forem valorizados.

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