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Senado suspende pagamento de Aécio e retira o nome dele do painel de votação

Diário do Nordeste

14/06/2017

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Aécio não recebe verba de representação desde o dia 18, conforme o Senado ( FOTO: AGÊNCIA SENADO )
Aécio não recebe verba de representação desde o dia 18, conforme o Senado ( FOTO: AGÊNCIA SENADO )

Queria deixar bem claro que a Mesa não descumpriu a decisão da Suprema Corte", disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ofício em que informa a suspensão do pagamento da remuneração do senador afastado Aécio Neves. O Senado também retirou o nome do tucano do painel de votações do plenário. Na sessão desta quarta (14), ele já não constava mais do quadro de senadores aptos a votar.
 
"Queria deixar bem claro que a Mesa não descumpriu a decisão da Suprema Corte", disse o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ao encerrar a sessão nesta manhã e mostrar que o nome de Aécio foi apagado do painel.
 
Segundo a assessoria do Senado, o nome foi retirado na noite passada. "Estava bloqueado [para votação]. Agora está apagado para que não gere nenhum tipo de dúvida", disse Eunício.
 
O gesto ocorreu após o Senado ser acusado de  ter ignorado decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), de afastar Aécio Neves do mandato em 18 de maio. O senador é alvo de inquérito e denúncia da Procuradoria-Geral da República em razão da delação da JBS.
 
O nome do tucano permanecia no painel de votação e na lista de senadores em exercício do site do Senado. Seu gabinete tem funcionado normalmente. Se o tucano comparecesse a uma sessão estaria apto a votar, de acordo com técnicos consultados.
 
O ministro Marco Aurélio Mello, que assumiu a relatoria do caso de Aécio no Supremo, cobrou o cumprimento da decisão judicial que determinou o afastamento do senador.
"Enquanto não alterada a decisão judicial, ela tem que ser cumprida. Mas, como parece que nessa quadra é comum deixar-se de cumprir decisão judicial, tempos estranhos, tempos estranhos", disse.
 
Na manhã desta quarta, a assessoria de imprensa do Senado respondeu questionamentos feitos pela reportagem na semana passada: "Aécio não recebe verba de representação desde o dia 18; está sem carro desde o dia 18; não vai receber salário este mês; estava com registro de presença bloqueado desde o dia 18 e foi retirado do painel ontem à noite".
 
Na decisão de maio, Edson Fachin determinou que Aécio ficasse suspenso "do exercício das funções parlamentares ou de qualquer outra função pública", impedindo-o ainda de se encontrar com réus ou investigados no caso de deixar o país.
 
Fachin levou em conta em sua decisão o áudio gravado pelo empresário Josley Batista, colaborador da Justiça. Na conversa, realizada em 24 de março, o tucano fala em medidas para frear a Lava Jato.
 
A defesa do senador protocolou na terça (13) documento no STF para informar que o tucano está afastado das funções parlamentares. No documento, a defesa afirma que Aécio "jamais esteve nas dependências do Senado Federal e nem exerceu qualquer atividade parlamentar" e tampouco "esteve no plenário e nem em qualquer comissão daquela Casa".

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