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Servidor da cadeia de Maracanaú é preso, suspeito de fornecer medicamentos a detentos

O Povo

09/06/2017

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Medicamentos foram apreendidos na casa do servidor (Foto: Divulgação Polícia Civil)
Medicamentos foram apreendidos na casa do servidor (Foto: Divulgação Polícia Civil)

Funcionário contou ser "faz-tudo" da cadeia e foi preso em flagrante durante cumprimento de mandado de busca em sua casa. A investigação da Polícia Civil continua em andamento com o objetivo de identificar os fornecedores dos remédios.

Um auxiliar de serviços gerais da cadeira pública de Maracanaú foi preso em flagrante na operação Tarja Preta, na manhã dessa quinta-feira, 8. Francisco Eliano Ferreira da Silva, 61, servidor da unidade há 20 anos, é suspeito de fornecer medicamentos a detentos, além de facilitar a entrada de objetos ilícitos, tais como celulares. As informações foram divulgadas na manhã desta sexta-feira, 9, em coletiva de imprensa na sede da Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).

A Polícia Civil investigava a entrada dos medicamentos, entre psicotrópicos e antibióticos vendidos apenas com prescrição médica, há cerca de dois meses. Em áudios obtidos pela Polícia, o servidor ainda teria alertado os presos sobre revistas na cadeia.

Um mandado de busca e apreensão foi expedido contra o suspeito há 15 dias e cumprido na casa dele, no Centro de Maracanaú. No local, os policiais encontraram diversos remédios, e o servidor foi autuado em flagrante por receptação qualificada e armazenamento irregular de medicamentos.

“Nós encaminhamos para a Pefoce dizer qual a natureza dos medicamentos, mas aparentemente até veneno tem”, citou o titular da DPM, delegado Vicente Alencar. No depoimento à Polícia, Eliano não confessou os crimes, mas contou ser uma espécie de “faz-tudo” da delegacia, cuidando do registro de presos, banhos de sol e contagem.

A operação também desencadeou busca na cadeia, na qual foram apreendidos mais de 30 celulares, drogas, como maconha e cocaína, e duas centrais de Wi-fi. Pelo menos quatro detentos da unidade manteriam contato com o servidor e também devem ser autuados. 

Segundo o delegado, o servidor mantinha “relação promíscua” tanto com os presos como com os familiares dos detentos. A Polícia não descarta a ligação dele com pessoas de dentro da Secretaria Municipal de Saúde de Maracanaú.

A delegada Ana Lúcia Moreira, titular da Delegacia Metropolitana de Eusébio, informou que a descoberta das relações entre o servidor e os detentos evitará outros crimes, como estelionatos cometidos pelos detentos de dentro da unidade.

A operação Tarja Preta continua em andamento para prender os fornecedores dos medicamentos, além de outros envolvidos com o crime.

A Secretaria de Saúde de Maracanaú respondeu ao O POVO Online que a Prefeitura está à disposição da Polícia e colaborará com a investigação.

 
AMANDA  ARAÚJO

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