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Procuradoria denuncia ex-sócio da mulher de Cabral por obstrução de Justiça

O Povo

09/06/2017

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O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro apresentou denúncia contra o ex-sócio de Adriana Ancelmo, o advogado Thiago Aragão, por obstrução à Justiça. Segundo a acusação, Thiago embaraçou as investigações, forjando documentos ideologicamente falsos e constrangendo um pretenso colaborador ao propor um concerto de versões a serem apresentadas aos órgãos de investigação.

A denúncia é desdobramento das Operações Calicute e Eficiência, cujo escopo foi dar continuidade ao desbaratamento da organização criminosa, articulada pelo ex-governador Sérgio Cabral, responsável pela prática de crimes de corrupção e lavagem de capitais envolvendo contratos para realização de obras públicas pelo Estado do Rio de Janeiro. Outras denúncias poderão ainda ser apresentadas à Justiça no desenrolar das investigações. Atualmente, Thiago Aragão está preso.

O Ministério Público Federal investiga o fato do suposto esquema de Sérgio Cabral ter utilizado um restaurante para a lavagem dos recursos ilícitos auferidos pelo grupo, sem que o proprietário do estabelecimento tivesse ciência do esquema criminoso instalado no governo do Estado do Rio de Janeiro.

O proprietário do restaurante é concunhado de Thiago Aragão e em sede de colaboração premiada reconheceu que acertou com ele uma estratégia para não cumprir suas obrigações tributárias e trabalhistas. Para tanto, combinaram a simulação de serviços entre Ancelmo Advogados e o restaurante, para justificar a transferência de valores em favor do escritório de advocacia. Os valores eram utilizados para pagar uma folha paralela dos funcionários do restaurante. Os créditos do escritório de advocacia eram utilizados por Thiago, sem que seu concunhado soubesse, para a lavagem de dinheiro da organização criminosa liderada por Sergio Cabral.

Após ter sido efetivada a prisão preventiva de Sérgio Cabral, bem como a condução coercitiva de Adriana Ancelmo, Thiago Aragão passou a ter cada dia mais certeza de que as investigações chegariam aos esquemas criminosos perpetrados através do escritório Ancelmo Advogados.

Thiago Aragão passou a diligenciar no sentido de influenciar na disposição e conteúdo dos futuros depoimentos e declarações de seu concunhado perante as autoridades competentes, com a omissão de fatos e combinação de versões, atuando ainda na produção de documentos ideologicamente falsos que pudessem ser apresentados às autoridades para ocultar a verdade.

Pelo crime praticado (art. 2º da Lei 12.850/2013), Thiago Aragão pode ser condenado a pena de reclusão de três a oito anos, bem como o pagamento de multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.

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