NOTÍCIAS / POLÍCIA

Traficante teria ordenado mortes

Diário do Nordeste

25/05/2017

Enviar por e-mail
Imprimir notícia
Fernandinho Beira Mar comandava toda a organização criminosa de dentro do presídio, em Rondônia. Segundo a PF, ele será transferido ( Foto: Agência O Globo )
Fernandinho Beira Mar comandava toda a organização criminosa de dentro do presídio, em Rondônia. Segundo a PF, ele será transferido ( Foto: Agência O Globo )

O homem preso no Ceará durante a operação da Polícia Federal era o braço direito de Fernandinho Beira Mar no que diz respeito à pratica de homicídios. Em entrevista coletiva concedida, ontem, no Rio de Janeiro, o delegado federal Leonardo Marino, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes de Rondônia, disse que existem informações de crimes praticados por essa pessoas antes mesmo do início da investigação.

Conforme o delegado, durante os trabalhos de apuração sobre a atuação da quadrilha, surgiram indícios de homicídios praticados até mesmo fora do Brasil, como um que foi cometido na Bolívia. Marino não confirmou que todas as mortes tenham sido ordenadas por Fernandinho Beira Mar, mas salientou que foram mortes praticadas pela facção criminosa da qual ele faz parte.

Bilhetes

Sobre como as ordens partiam de dentro do presídio federal de segurança máxima de Rondônia para as ruas, o delegado federal explicou que tudo começou com um bilhete que foi picotado pelo detento e jogado no lixo. "Os agentes federais o pegaram do lixo, remontaram e pegaram os nomes. Agentes do Departamento Penitenciário Federal (Depen) atuaram em conjunto com a PF, conforme Marino.

Após 14 meses de investigação da PF, os agentes descobriram que Fernandinho Beira Mar contava com uma extensa rede de colaboradores, principalmente seus familiares. "Ele passava o bilhete para o detento que estava na cela ao lado da dele por meio de uma 'teresa' (corda artesanal). Quando os bilhetes estavam com o outro detento ele repassava para a mulher durante a visita íntima", contou.

O investigador revelou que depois que um bilhete escrito por Beira Mar foi localizado, em 2010, no Morro do Alemão, no Rio, ele decidiu que os bilhetes teriam que ser digitados para não identificar a sua caligrafia. Do lado de fora, os manuscritos eram repassados por mensagens de texto via celular ou e-mails. "Eles usavam uma caixa postal móvel. Digitavam e-mail no rascunho e não enviavam".

Conforme a PF, em Porto Velho, Beira Mar organizou uma rede para dar auxílio à quadrilha. Além dos parentes, outras pessoas auxiliavam o grupo.

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da TV RUSSAS. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. TV RUSSAS poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

REDES SOCIAIS

  • Facebook
  • Twitter
  • Soundcloud
  • Youtube

©2009 - 2024 TV Russas - Conectando você à informação

www.tvrussas.com.br - Todos os direitos reservados