Operação da PF em seis estados, incluindo o Ceará, desarticula quadrilha de Fernandinho Beira-Mar

Diário do Nordeste

24/05/2017

Beira-Mar está preso desde 2006 numa penitenciária federal ( Foto: Arquivo )

A Polícia Federal descobriu que as ações criminosas da quadrilha vão além do tráfico de drogas, passando pelo controle de máquinas caça-níquel, comércio, cesta básica, mototáxis, venda de cigarros e abastecimento de água.

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (24), a Operação Epístola, com mandados de prisão em 5 estados, incluindo o Ceará, e no Distrito Federal. O alvo é a quadrilha do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.

Segundo a assessoria da Polícia Federal do Ceará, foi exercida uma determinação judicial expedida pela 3º Vara da Justiça Federal de Rondônia, sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Fortaleza — sendo dois no Centro, um no Meireles e um no Vicente Pinzón — e um de prisão preventiva. O suspeito preso, tido como 'braço-direito' de Beira-Mar, não teve a identidade divulgada e foi detido no Vicente Pinzón.

No total, foram cumpridos 35 mandados de prisão, sendo 22 preventivas e 13 temporárias. Há também 27 de condução coercitiva e 86 de busca e apreensão. A operação ocorre nos estados do Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Ceará e no Distrito Federal.

Irmã e filho de Beira-Mar são presos

Além do detido no Ceará, a irmã de Fernandinho Beira-Mar, Alessandra da Costa, considerada como conselheira dele, foi presa em Duque de Caxias/RJ com um mandado de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Um dos filhos do criminoso também foi detido.

Durante as investigações, que duraram um ano e meio, a Polícia Federal descobriu que as ações criminosas da quadrilha vão além do tráfico de drogas, passando pelo controle de máquinas caça-níquel, comércio, cesta básica, mototáxis, venda de cigarros e abastecimento de água.

Tudo estaria sendo comandado por Fernandinho Beira-Mar, preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, desde 2006. As condenações do traficante somam quase 320 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.

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