Diário do Nordeste
19/05/2017
Que o sistema ofensivo do Ceará é o que mais tem necessidade de evoluir no elenco, não há dúvida. Desde 2005 a equipe não ficava sem marcar em dois jogos seguidos de Campeonato Brasileiro, seja Série B ou Série A, como ocorreu diante do CRB e do Boa Esporte nesta temporada.
Se faltou qualidade nas finalizações nos 180 minutos de tempo regulamentar jogados até agora, os números mostram que a iniciativa esteve presente. Foram 39 finalizações e 15 escanteios a favor.
Não se trata, portanto, de um problema de postura tática. Contra o CRB, em Alagoas, na derrota por 1 a 0, arriscou 13 vezes, nove erradas e quatro certas. Diante do Boa Esporte, no PV, empate sem gols, foram 23 finalizações, um número altíssimo, com 14 arremates errados e nove certos, ou seja, que tiveram o gol como direção.
Evidente que finalizações que não terminam em gols e 15 escanteios mal aproveitados não servem para nada porque não dão pontos, mas os números ajudam a cravar que taticamente existe uma linha de trabalho. Não se trata de uma equipe retrancada ou sem vontade de buscar o gol, mas é preciso suprir a falta de talento, criatividade e qualidade. O próprio Givanildo já reconheceu.