Diário do Nordeste
17/04/2017
Magno e Lelê tiveram bom rendimento nos últimos minutos ( Fotos: Helene Santos )
Com dois gols marcados na reta final de jogo, Vovô vence o Guarani e abre vantagem para decidir o Estadual 2017.
Num jogo em que teve mais posse de bola que seu oponente, embora sem finalizar com propriedade na maior parte do tempo, o Ceará venceu o Guarani de Juazeiro por 2x0, ontem à tarde, na Arena Castelão, no segundo jogo entre as duas equipes pelas semifinais do Campeonato Cearense. No primeiro confronto entre ambos, no Estádio Romeirão, houve empate sem gols.
Com o resultado, o Ceará precisa só de um empate para confirmar a sua presença nas finais do Estadual. A vantagem que o Vovô conseguiu lhe permite até perder o jogo no tempo normal, para ainda disputar a final nas cobranças de penalidades máximas. Ao Guarani, somente a vitória no tempo normal é o que interessa.
O terceiro jogo entre as duas equipes pelas semifinais do Cearense acontecerá no próximo sábado, às 16 horas, no Castelão.
Posse x marcação
Uma boa parte do primeiro tempo transcorreu com o Ceará tendo mais posse de bola que seu adversário, contra uma forte marcação dos juazeirenses. Não era uma marcação característica de simples retranca, mas um sistema tático organizado, em que o time de Washington Luiz se apresentou bem postado na defesa e saindo de forma organizada.
Ainda na primeira etapa, se viu um time alvinegro com boa movimentação das peças de meio-campo, embora falhando na jogada final de arremate.
Como vem acontecendo em outros jogos, o técnico Givanildo Oliveira montou um esquema em que os laterais apoiavam muito, com um diferencial: Rafael Carioca subia com frequência pelos lados do campo e fazia triangulações com Ricardinho e Victor Rangel. O diferencial acontecia com Tiago Cametá, que a exemplo do lateral Yago Pikachu, no Vasco, apoiava por dentro, como meio-campista. Acrescente-se a isso que o volante Jackson Caucaia se projetava na área para confundir a marcação adversária.
Por sua vez, os laterais do Guarani ficavam mais estáticos. Talisson pela direita e Zé Aquiraz pela esquerda. Um grande empecilho para o esquema tático de Washington Luiz foi a lesão muscular do centroavante Ítalo, que sentiu uma fisgada na parte posterior da coxa direita.
Como centroavante de área, ele segurava os zagueiros alvinegros, que passaram a ter mais liberdade com sua saída prematura, apenas aos 23 minutos da primeira etapa.
O Ceará demorou a encaixar tabelas dentro da área do Leão do Mercado e, quando o fez, o goleiro Léo apareceu com boas defesas. Em outras, o Ceará errou a pontaria em cabeçada de Jackson Caucaia e finalização na diagonal de Max Bianchucchi.
Trocas funcionam
O técnico Givanildo Oliveira ganhou o jogo com as substituições, que fizeram o time produzir mais na segunda etapa. No intervalo, Victor Rangel deixou o jogo para a entrada de Lelê. Posteriormente, saiu Jackson Caucaia para a entrada de Pedro Ken e Wallace Pernambucano na vaga de Ricardinho.
Wallace ajudou a construir o caminho para a vitória. Vale lembrar que o Guarani, antes de sofrer o primeiro gol, perdeu uma chance real, quando Ronda chutou na área e Éverson defendeu.
Os gols vieram na reta final. O primeiro aos 36 minutos. Lelê recebeu de Wallace e chutou no canto: 1x0. E aos 45, Raul serviu Magno Alves, que fuzilou rasteiro no canto, fechando em 2x0.
Olho no jogo
Boa partida
O meia Ricardinho fez, contra o Guarani de Juazeiro, seu primeiro jogo começando como titular, desde que passou por uma cirurgia. Novamente seus passes milimétricos e a organização em campo o fizeram realizar uma boa partida, até o momento em que foi substituído.
Só na experiência
O árbitro Wladyerisson Oliveira conduziu a partida da semifinal do Cearense entre Ceará e Guarani só na experiência. Ainda fora de forma e ocupando mais as intermediárias, ele foi enérgico na apresentação dos cartões, exceto quando apenas advertiu Ricardinho e Da Silva.
Segurança no gol
O goleiro Éverson, do Ceará, mostrou que estava muito atento no jogo. Antes de o Alvinegro marcar o seu primeiro gol, Éverson fez uma defesa providencial, abafando um lance em que o atacante Ronda iria marcar o gol e depois evitou um gol contra do zagueiro Luiz Otávio.