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Azeite: fiscalização identifica irregularidades em 45 marcas

Diário do Nordeste

12/04/2017

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A fraude mais comum praticada é a utilização de óleo vegetal com azeite lampante, que não deve ser destinado à alimentação. ( Divulgação )
A fraude mais comum praticada é a utilização de óleo vegetal com azeite lampante, que não deve ser destinado à alimentação. ( Divulgação )

79% das irregularidades estão relacionadas à baixa qualidade (produto ruim vendido como bom).

O Ministério da Agricultura identificou irregularidades em 45 marcas de azeite entre 140 coletadas nos últimos dois anos. As amostras foram colhidas em 12 Estados e no Distrito Federal, num total de 322.329 litros (dos quais 114.750 litros considerados conformes e 207.579 litros com problemas).

A equipe de fiscalização inspecionou 279 amostras de 214 lotes. Do total, 38,7% dos lotes tinham problemas e 79% das irregularidades eram relacionadas à baixa qualidade (produto ruim vendido como bom).

Entre as marcas que apresentaram irregularidades estão:

Astorga
Carrefour
Almeirim
Conde de Torres
Do Chefe
Espanhol
Lisboa
Quinta da Boa Vista
Tradição

Fraude mais comum: utilização de óleo vegetal com azeite lampante

De acordo com o ministério, em comunicado, a fraude mais comum praticada por empresas envazadoras é a utilização de óleo vegetal com azeite lampante, que tem cheiro forte e acidez elevada (extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas) e que não deve ser destinado à alimentação.

No Paraná, foram identificadas empresas que vendiam produto como azeite de oliva, mas com composição de 85% de óleo de soja e 15% de lampante.

Multa de R$ 532 mil e inquérito policial

Segundo o ministério, as fraudadoras foram autuadas, multadas em até R$ 532 mil por irregularidade encontrada e os produtos foram apreendidos para descarte. As empresas também foram denunciadas ao Ministério Público. O próximo passo é a abertura de inquérito policial.

As análises, realizadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro) do Rio Grande do Sul e de Goiás, também apontaram azeites desclassificados (que podem não ser considerados como azeite) e fora de tipo (não tem boa qualidade).

Os Estados em que foram registradas mais irregularidades foram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal, onde se concentram o maior número de empresas que envazam o produto. Os envazadores, que importam a granel, principalmente da Argentina, foram os que apresentaram mais irregularidades. O Brasil é o terceiro maior importador de azeite de oliva do mundo, segundo dados do Comitê Oleícola Internacional (COI). Em 2016, o País importou cerca de 50 milhões de toneladas do produto. 

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