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Temer autoriza relator a alterar 5 pontos na reforma da Previdência

Diário do Nordeste

06/04/2017

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A regra proposta pelo governo originalmente apena trabalhadores próximos da aposentadoria
A regra proposta pelo governo originalmente apena trabalhadores próximos da aposentadoria

Na proposta original, teriam direito à regra de transição homens acima de 50 anos e mulheres acima de 45 anos. Para essas pessoas seria exigido um "pedágio" de 50% sobre o tempo restante de contribuição segundo as regras atuais.

O relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), afirmou, nesta quinta-feira (6), que o presidente Michel Temer autorizou mudanças em cinco pontos do projeto:
 
regras para trabalhadores rurais;
benefícios de prestação continuada;
pensões;
aposentadoria de professores e policiais;
regras de transição para o novo regime previdenciário
 
De acordo com ele, as mudanças na regra de transição propostas pelo governo serão no sentido de trazer a idade de corte "mais para trás". "Também haverá compatibilização entre idade mínima e tempo de contribuição na transição", acrescentou o parlamentar, inicialmente sem dar muitos detalhes. Depois, Oliveira Maia disse que está trabalhando para ampliar o número de trabalhadores atingidos pela regra de transição, mas que não faz sentido fazer uma regra que inclua todos.
 
"Estamos trabalhando para ampliar o número de trabalhadores na regra de transição diminuindo idade de hoje de 50 anos para 40 anos para acessar a transição. É uma fórmula muito complexa... Nossa assessoria tem elaborado várias tabelas e cálculos para chegarmos a regra que preserve a viabilidade, sustentabilidade da Previdência", disse Oliveira Maia. Ele ressaltou, no entanto, que se trata de um "exemplo" e que o modelo definitivo ainda não está fechado.
 
Na proposta original, teriam direito à regra de transição homens acima de 50 anos e mulheres acima de 45 anos. Para essas pessoas a idade mínima de 65 anos não seria exigida, mas, sim, um "pedágio" de 50% sobre o tempo restante de contribuição segundo as regras atuais. 
 
O presidente da comissão especial que analisa a reforma na Câmara dos Deputados, Carlos Marun (PMDB-MS), que também participou da entrevista, lembrou ainda que hoje existem 89 modelos diferentes de regra de transição em vigor e a PEC atual reduzirá isso para "duas ou três" normas.
 
O relator da reforma disse ainda que pretende permitir o acúmulo de pensões e aposentadorias no caso de salários menores. A proposta do governo a princípio vedava essa possibilidade em qualquer caso. "De fato, não se pode imaginar preservação de pensão e aposentadoria em salários muito altos, mas no caso de salários menores há reivindicação e poderemos ter contemplação", disse Oliveira Maia.
 
Aposentadoria rural
 
O deputado do PPS também afirmou que fará mudanças nas regras de aposentadoria rural. "A PEC propõe que se faça mudança da idade mínima de aposentadoria rural para 65 anos, mas tem reivindicação que não seja elevada ou que não seja tanto. Esses assuntos estão sendo tratados", disse Oliveira Maia, reconhecendo que algum tipo de mudança tem que ser feita. "A PEC sem nenhum prejuízo, poderá avançar em alguns pontos. Sair sem sofrer nenhum tipo de alteração seria negação do processo Legislativo, o que não é o caso."
 
Idade mínima
 
O relator disse que a idade mínima de 65 anos continua a ser o "ponto definitivo" da reforma da Previdência e que pretende mantê-la nesse patamar tanto para homens quanto para mulheres, embora a bancada feminina da Câmara se oponha à medida. "A idade mínima dos homens praticamente não é questionada. O máximo que você ouve, sobretudo da bancada feminina, é em relação à idade da mulher. Mas a idade mínima mulher não é ponto ainda que pretendemos incluir em nosso relatório", afirmou.
 
Conciliar demandas
 
O deputado Carlos Marun assegurou que os parlamentares não vão promover mudanças de forma indiscriminada na reforma, mas, sim, conciliar as demandas dos parlamentares com a necessidade de equilíbrio fiscal e de acabar com privilégios, como a aposentadoria precoce. "Não recebemos uma carta branca do presidente Temer", disse. "Diante da responsabilidade que possuímos, diante da evidente certeza de que é necessário mexer na previdência, temos a mais absoluta certeza de que a reforma, a partir do relatório, será aprovada no Congresso Nacional".

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