Diário do Nordeste
04/04/2017
Patrulhas da PM e do Corpo de Bombeiros passaram dias empenhadas nas buscas à pequena Débora, No entanto, a procura na área em que ela foi sequestrada só será retomada se surgir um fato novo, conforme
Pelo menos dois homens foram ouvidos, e, em seguida, liberados. Investigações sobre o rapto continuam.
Passados oito dias do rapto de Débora Lohany de Oliveira, de quatro anos, seu paradeiro permanece desconhecido pela Polícia e pela família. Ontem, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que as buscas pela criança na região do Lagamar, onde ela desapareceu, foram interrompidas até que surjam novas pistas.
Ana Cristina da Silva Assunção, cunhada de Danielle Santos (mãe de Débora), ressalta a aflição constante vivida desde o sumiço da criança. "A Polícia diz que está em segredo de Justiça e que não pode divulgar nada. Todo dia, as pessoas ligam para a mãe dela e falam que viram a Débora em algum canto. A gente vai até o lugar e não encontra nada. No fim de semana, disseram que viram na Ponte Metálica. Fomos lá, a Polícia pegou as câmeras, analisou e não era ela", contou Ana Cristina.
O cunhado da mãe da vítima, Evandro Araújo, conta que a vizinhança permanece realizando buscas por conta própria pelo menos uma vez ao dia. "Tudo está do mesmo jeito. Procuramos todo dia e o apoio da Polícia vem diminuindo", ressaltou o familiar de Débora. Ele disse que não tem informações concretas sobre as investigações do caso, porque a Polícia não tem repassado informações à família.
Sequestrada
A menina foi vista pela última vez por volta das 19h do dia 27 de março. Débora brincava na companhia de outra criança, nas proximidades da sua casa, no Bairro Aerolândia, quando teria sido raptada por um homem que a teria levado para um matagal.
No dia em que a menina foi sequestrada, a população se mobilizou para ajudar nas buscas. No entanto, não apareceram pistas de Débora. Foto: Narval Sarmento
A SSPDS ressalta que as investigações acerca do rapto continuam a cargo da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa) com apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP). Apesar de terem sido ouvidos pelas autoridades, pelo menos dois homens com braço amputado (característica inicial apontada por testemunhas que disseram ter presenciado a menina ser levada), ninguém foi detido.
Na terça-feira seguinte ao crime, o primeiro homem foi encaminhado até a Dececa, onde foi ouvido pela delegada titular, Ivana Timbó. Logo após o depoimento, ele foi dado como testemunha e foi liberado. Um segundo homem com a mesma característica também foi ouvido na Dececa, na última quarta-feira (29), e descartado pela Polícia como suspeito do caso.
Nesse mesmo dia, o titular da SSPDS, André Costa, lembrou das dificuldades nas buscas no Rio Cocó devido às chuvas e que ainda não havia nada de concreto no caso.