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PM que atuou em operação de Jaguaruana diz que moradores queriam passar de moto e fotografar no meio do tiroteio

O Povo

03/04/2017

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FOTO: Via WhatsApp
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Policial do Comando Tático Rural (Cotar), do Batalhão de Choque, que atuou em operação de Jaguaruana, comentou detalhes da operação.

Um policial militar do Comando Tático Rural (Cotar) que participou da operação que interviu no ataque a agências bancárias em Jaguaruana (a 173 Km de Fortaleza), na madrugada do sábado, 1º, forneceu detalhes sobre o confronto com o grupo do 'Novo Cangaço', que terminou com cinco presos e sete mortos. 

  O PM que pediu para não ser idenificado informou que houve confronto em quatro pontos diferentes. Em frente ao destacamento da PM, em frente ao Bradesco, Banco do Brasil e nos caixas da Prefeitura. 

 "Teve progressão e uma dinâmica. Eles atiravam e a gente se abrigava. A gente atirava e eles se abrigavam. Muitos fugiram quando viram o tiroteio e alguns ficaram por ter mais coragem, por ter fuzis. Outros por não ter como fugir. A intenção deles é atirar e fugir", explica.  

Mortos 

 O policial explicou que na linha de confronto todos os que tombaram e foram baleados na operação eram integrantes da quadrilha, mas não descarta que os integrantes da organização criminosa tenham atirado contra pessoas inocentes pensando se tratar de policiais. 

  O PM ressalta que em uma operação o policial tem que se preocupar com a própria vida, neutralizar os indivíduos que estejam atirando e ainda proteger os cidadãos. "As pessoas vinham para a janela, ficavam no meio da rua, queriam passar de moto no meio do tiroteio. Pessoas estavam com celulares nas equinas, nas calçadas e queriam olhar. Isso atrapalha e gera dificuldade", ressalta. 

Assaltantes de banco 
  
"O Cotar já esteve em várias ocorrências de confronto, como os casos de ataques em Catarina, Itarema, Senador Pompeu. O medo é normal e é necessário em algumas situações, tem o treinamento nos cursos e o policial aprende a controlar e a superar essas emoções", relata. 

  Conforme a fonte, a equipe tem certa experiência, não só em ataques a bancos, mas em situações de abordar casas com traficantes escondidos, mas ressalta que não "envolvem a mesma adrenalina".

 O militar afirma que o criminoso que atua em ataque a banco é diferente do "pirangueiro" comum, que rouba carro e moto. Os criminosos comuns são mais desorganizados e agem por impulso. O armamento é mais fraco, mas o policial ressalta que as armas, independente do poder de fogo, matam do mesmo jeito que um fuzil. 

"Os assaltantes de banco são mais organizados. Planejam ações por meses e possuem armamento que pode causar um estrago bem maior. Mesmo assim não tem o treinamento e o mesmo preparo dos policiais das tropas especiais. O que eles (assaltantes de banco) possuem são logística e plano de ação", comenta.

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