Diário do Nordeste
22/03/2017
Em 2009, também pelas Eliminatórias, a Seleção dirigida por Dunga fez 4 a 0 e encerrou um jejum de 33 anos sem vitórias no local ( Foto: Divulgação )
A força do Uruguai no Estádio Centenário é inegável. Afinal, a equipe acumula, até agora, 100% de aproveitamento nas Eliminatórias Sul-Americanas no palco da decisão da Copa do Mundo de 1930 - são seis vitórias e apenas um gol sofrido no local, em seu último jogo, contra o Equador. O desempenho impressiona e transforma, ao que parece, a partida da próxima quinta-feira no último grande teste da Seleção brasileira de Tite no torneio classificatório para a Copa do Mundo de 2018.
Afinal, o Brasil já superou o desafio de jogar pressionado por estar fora da zona de classificação para o torneio na Rússia e ainda teve atuação de gala no clássico com a Argentina no Mineirão. Com status recuperado, o próximo passo da equipe é vencer no mítico estádio de Montevidéu.
"Seria importante, uma vitória significativa, que dá confiança. Mas temos que manter os pés no chão. Eles marcam forte, tem valores, vamos trabalhar para isso, mas não vai ser fácil", adiantou o goleiro Alisson, que em março de 2016 participou do empate por 2 a 2 com o Uruguai, na Arena Pernambuco, no turno das Eliminatórias.
O desempenho da Seleção com Tite é, até agora, perfeito, com seis vitórias nos seis jogos disputados nas Eliminatórias, campanha que deixou a equipe na liderança segura do torneio classificatório para o Mundial da Rússia - além disso, a equipe também venceu a Colômbia em um amistoso disputado no início do ano.
Uma boa atuação, com vitória, sobre o Uruguai seria uma confirmação de que o Brasil não só adquiriu um estilo de jogo e subiu o seu nível sob o comando de Tite, mas de que pode superar qualquer desafio e manter um padrão atuando em casa ou fora, caso do confronto de quinta.
"Esse é o caminho, fazer o mesmo futebol sempre. Nosso estilo é muito rápido, então quando o gramado é alto, pode prejudicar. A gente tem que se adaptar porque nem sempre dá para aplicar o estilo de jogo, mas a seleção, com o Tite está encontrando um estilo", disse Alisson, também avaliando que o poder de adaptação é fundamental para o êxito de qualquer equipe. "Às vezes a gente tem que dar um balão, mas esse é o caminho", acrescentou o goleiro.
Embora a força do Uruguai no Estádio Centenário preocupe, a última vez em que o Brasil esteve por lá, impressionou com uma grande atuação. Em 2009, também pelas Eliminatórias, a equipe então dirigida por Dunga aplicou incontestáveis 4 a 0 e encerrou um jejum de 33 anos sem vitórias no local.
Da equipe que entrou em campo naquela oportunidade, apenas o lateral-direito Daniel Alves, que inclusive marcou uma vez, jogará nesta quinta no Centenário. "Jogar lá é difícil por si só", disse o goleiro Alisson, também destacando o peso de um duelo que envolve os dois primeiros colocados das Eliminatórias - o Brasil soma 27 pontos, contra os 23 do Uruguai. "Temos que fazer um jogo com maturidade. O fato de ser o primeiro e o segundo aumenta a rivalidade, mas temos experiência para lidar com isso", concluiu.