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Suporte do Orós ao Castanhão deve ser suspenso amanhã

O Povo

08/03/2017

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O açude Cedro, em Quixadá, continua com 0% da capacidade, conforme o Portal Hidrológico, mas, com as últimas chuvas, já voltou a apresentar espelho d'água
O açude Cedro, em Quixadá, continua com 0% da capacidade, conforme o Portal Hidrológico, mas, com as últimas chuvas, já voltou a apresentar espelho d'água

Segundo maior açude do Ceará, o Orós registrou ontem volume de água correspondente a 9,93% da capacidade. Com isso, os três maiores reservatórios do Ceará estão com volume abaixo de 10%. Castanhão, o maior deles, está com 5,28%. Terceiro maior, o Banabuiú tem 0,59%. Com esse cenário, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) projeta suspender a partir de amanhã o uso do manancial no suporte ao Castanhão para o abastecimento de Fortaleza, Região Metropolitana (RMF) e Vale do Jaguaribe.

Segundo informações do Portal Hidrológico, é a primeira vez desde que o Castanhão foi inaugurado, em 2004, que os três reservatórios estratégicos para o abastecimento estadual se encontram nesse nível de criticidade. As precipitações deste início de estação chuvosa elevaram o nível médio dos reservatórios. Na segunda-feira, 6, pela primeira vez no ano, os 153 açudes monitorados pela Cogerh ultrapassaram a média de 7% do volume de água. Os açudes Maranguapinho, em Maracanaú, e Caldeirões, em Saboeiro, sangraram.

O histórico Cedro, em Quixadá, mais antigo açude do Brasil, voltou a apresentar espelho d’água. Apesar disso, ele segue com 0% da capacidade preenchida, segundo o Portal Hidrológico.

Embora a média dos açudes inicie recuperação, os maiores, responsáveis por abastecer a RMF, seguem em situação crítica. Principalmente o Orós, que vinha sendo o mais demandado. Com a suspensão do reforço para o Castanhão, o Governo espera que o Orós acumule recargas ao longo da quadra chuvosa, que se iniciou no último fevereiro com chuvas 33,2% acima da média, e termina em maio.

“O Orós está quase seco e não era para estar assim”, reclamou o presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Ceará, Alcides Duarte. Para ele, a transferência d’água para o Castanhão “não resolveu o problema da (Região) Metropolitana, e os prognósticos que temos para as chuvas são preocupantes”, continuou.

Para os meses de março, abril e maio, a probabilidade maior (43%) é de chuvas dentro da média, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). No entanto, o órgão já havia alertado que as precipitações não devem chegar às regiões onde estão os açudes mais estratégicos do Estado, como o Orós, o Castanhão e o Banabuiú.

Saiba mais 
 
A reunião para deliberar sobre o destino do Orós será amanhã, em Limoeiro do Norte.

Mais ações de controle ou de restrição da água dos reservatórios cearenses serão definidas somente em junho, segundo a Cogerh.

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